Tem havido muita conversa e sobretudo críticas à volta do Windows 11 e percebe-se perfeitamente. De facto, as opiniões dividem-se muito como se pode ver nos comentários a este artigo da Leak. Uns aprovam o que a Microsoft fez ao nível dos requisitos e até se percebe dadas as exigências do novo sistema operativo. Outros criticam o facto de serem necessárias especificações tão elevadas para o Windows 11. Mas afinal onde está a verdade? Hoje li um artigo no XDA que acaba por resumir tudo o que se está a passar de uma forma bastante lúcida. O problema de tudo isto está no facto do Windows 10 nos ter dado demasiado mimo. Ou seja, ficámos mal habituados. Mas será mesmo assim?
Críticas ao Windows 11? O Windows 10 deixou-nos mal habituados!
Nos últimos seis anos desde que o Windows 10 foi lançado tivemos direito a tudo. O Windows 10 foi uma atualização grátis para qualquer pessoa que estivesse a correr o Windows 7 ou o Windows 8.1. Isto significa que se comprou um PC entre 2009 e 2015 e migrou para o Windows 7 então teve direito ao Windows 10. Isto sem pagar nada.
Foi de facto algo sem precedentes. Antes disso, tínhamos sempre de pagar, pelo menos uns 100 Euros, para um upgrade ao nível do sistema operativo.
Entretanto e apesar do Windows 10 ter sido sempre grátis a Microsoft foi sempre adicionando muitas funções ao sistema operativo. De facto, foram 11 grandes feature updates que chegaram sem qualquer custo.
Com o Windows 11, o upgrade também é grátis. Ou seja é mais uma oferta por parte da Microsoft.
Na visão de quem escreveu o artigo do XDA a Microsoft não nos deve nada. E de facto não deve. Dito isto, se quer limitar o Windows 11 a um conjunto mais restrito de especificações tem todo o direito de o fazer.
Vou levar esta “discussão” para o mundo dos Mac. Normalmente os mac são suportados durante muito tempo. Mas chega a um ponto, em que simplesmente os modelos mais antigos começam a ser eliminados do suporte. Aliás a Apple mudou recentemente de arquitetura quando mudou para o ARM e será uma questão de tempo até deixar mortos os sistemas baseados em processadores Intel. Será uma evolução natural mas até mais rígida do que a Microsoft está a fazer com o Windows. Alguém vai reclamar? Talvez, mas muito poucas porque as pessoas já estão habituadas a que seja assim. Com o Windows ficámos todos mal habituados.
A Microsoft não está a pensar nos utilizadores?
Acho que não se trata dessa questão. Pede alguns requisitos para que tudo corra bem. Mas vejamos. O TPM 2.0 é um requisito nos novos PCs desde 2016, mesmo que venha desativado por defeito. Entretanto os processadores Intel de oitava geração começaram a ser distribuídos ainda em 2017.
De qualquer modo quem não estiver satisfeito vai poder manter-se com o Windows 10. De facto, este sistema operativo ainda tem muitos anos de vida. Tecnicamente o suporte acaba apenas a 14 de Outubro de 2025. Ou seja, mesmo que não seja possível fazermos já o update para o Windows 11 quando chegar mais para o final do ano, teremos muito tempo para o fazer. Pelo menos mais uns 4 anos.
Ou seja, não há nada que o Windows 11 faça, que não seja possível fazer com o Windows 10.
Para além disso, o sistema operativo atual da Microsoft ainda vai ter direito eventualmente a mais um feature update que irá trazer mais novidades. A este devem-se juntar outras atualizações mais pequenas.
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