É um gesto rápido, e para muito boa gente quase automático. Estamos numa conversa, pousamos o telemóvel na mesa com o ecrã virado para baixo. Para algumas pessoas é um sinal de respeito. Para outras, é uma gigantesca red flag. Porquê? Simples, é um sinal claro de que há algo a esconder.
Afinal, o que significa virar o smartphone ao contrário?
Modo “Não incomodar” ou modo “Não vejas”?
Do ponto de vista técnico, muitos smartphones Android, e até alguns iPhones com apps específicas, reconhecem quando o telefone está virado para baixo e ativam automaticamente o modo “Não incomodar”.
Ou seja, é um gesto extremamente prático, capaz de “ligar” um modo de concentração. Não há vibrações, não há luzes a acender, e as notificações param de distrair.
Ideal para reuniões, conversas importantes ou momentos de descanso.
Porém, também temos de ser um pouco honestos. O telemóvel é a nossa caixa negra pessoal. Por isso, quando alguém vira o telefone ao contrário durante um jantar, uma reunião ou até numa saída a dois, é normal que surjam perguntas.
Está a evitar distrações ou a garantir que ninguém vê quem está a mandar mensagens?
Pessoalmente!
Sempre que tenho uma reunião, ou uma conversa mais pessoal, ligo imediatamente o modo não incomodar. Não quero saber o que as outras pessoas pensam. É algo que me irrita profundamente, estar a falar com alguém, a tentar prestar atenção, e o telemóvel sempre a vibrar.
Cada um com os seus hábitos
No fundo, nem sempre virar o smartphone ao contrário significa algo mais. Há quem o faça por hábito, por gostar da sensação de estar “desligado”, ou porque simplesmente prefere a estética da capa. Outros usam o gesto como escudo, sim, mas isso diz mais sobre a relação que têm com o telefone… e com quem está à frente deles.
Então, é sinal de alarme?
Não necessariamente. Se confias em quem está contigo, virar o telemóvel para baixo pode ser só isso: virar o telemóvel para baixo. Mas se estás sempre a reparar nesses gestos, se estás a contar quantas vezes o ecrã acende ou quem aparece nas notificações… talvez o problema não esteja no telefone, mas sim em ti.
A tecnologia pode ter mil funções, mas o verdadeiro modo “não incomodar” devia começar na confiança.
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