Viagem ao Centro da terra (Versão Estendida): novo jogo de Borrocop traduzido para português

A Leak, em parceria com Planeta Sinclair, têm o privilégio do lançamento exclusivo de Viagem ao Centro da Terra (versão estendida), agora numa versão traduzida para português, e com a correcção de alguns bugs relativamente à versão prévia. A versão original deste jogo (Viaje al Centro de la Tierra) saiu em 1989, via Topo Soft. Na altura apenas com três níveis e na língua castelhana. Posteriormente, em 2007 saiu a versão alargada, contemplando os quarto e quintos níveis que apareciam na versão de 16 bits, mas que por falta de tempo nunca tinham sido contemplados na versão para o Spectrum. Destaque ainda para a belíssima capa da autoria de Alfonso Azpiri, que se fosse vivo teria certamente orgulho neste lançamento.

Para quem não conhece Viagem ao Centro da terra, é baseada na obra de Julio Verne com o mesmo nome, um livro obrigatório em qualquer biblioteca. E os vários níveis do jogo seguem de perto alguns dos episódios da obra.

Assim, o primeiro nível desenrola-se na casa do Professor Otto Lidenbrock, logo após a descoberta do manuscrito escrito em código rúnico pelo antigo alquimista islandês do século XVI, Arne Saknussemm, desvendando que quem desça a cratera do vulcão Sneffels (na Islândia) antes do início de julho, consegue atingir o centro da Terra, percurso efetuado pelo próprio Saknussemm.

É-nos então apresentado o mapa invertido (completo) da Islândia logo de início e a nossa tarefa é reconstruir o mesmo, à semelhança dos puzzles tipo mosaico. Quando iniciamos a tarefa, as peças do mosaico estão todas fora de ordem e temos, com a ajuda de uma caneta, de as deslocar para a posição correta. Mas a tarefa não é fácil, pois existe um tempo limite para completarmos o puzzle, medido por uma ampulheta no lado direito.

Este nível serve apenas de aperitivo para as dificuldades que se seguem, e após completarem o mesmo, é-vos dada a password para acederem ao nível seguinte.

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É-nos então apresentado o mapa invertido (completo) da Islândia logo de início e a nossa tarefa é reconstruir o mesmo, à semelhança dos puzzles tipo mosaico. Quando iniciamos a tarefa, as peças do mosaico estão todas fora de ordem e temos, com a ajuda de uma caneta, de as deslocar para a posição correta. Mas a tarefa não é fácil, pois existe um tempo limite para completarmos o puzzle, medido por uma ampulheta no lado direito. Este nível serve apenas de aperitivo para as dificuldades que se seguem, e após completarem o mesmo, é-vos dada a password para acederem ao nível seguinte.

O segundo nível é o mais longo de todos, e o mais difícil, mas no nosso entender é também o mais interessante. Aqui já assumimos o papel de cada uma das três personagens do jogo, o Professor Otto Lidenbrock, o seu sobrinho, Axel, e Grauben, a namorada de Axel e afilhada do professor. Cada um deles tem características especiais e vão influir na estratégia delineada para completar esta segunda parte.

Começam os três juntos no início da gruta, sendo o objetivo o de chegar ao mar (quem leu o livro sabe do que falamos). E a primeira tarefa é mesmo decidir qual dos personagens enviamos em primeiro lugar. A rapariga encontra-se desarmada, mas carrega o precioso líquido (água), que permite curar as suas e as feridas dos outros. Os restantes têm as armas que eliminam os bicharocos. Seja qual for a decisão, é melhor ir mantendo-os não muito afastados uns dos outros. É que perigos não faltam na gruta, desde aranhas gigantes, morcegos, geysers, piso que se abate nos nossos pés, etc., etc..

Os gráficos são divinais, como é apanágio nos jogos espanhóis, e contém pormenores deliciosos, como por exemplo poderem ligar e desligar a lanterna, escurecendo o cenário, ou o vosso percurso ir sendo assinalado no mapa do canto inferior esquerdo.

A terceira parte é passada na selva. Os personagens que conseguiram terminar com vida a aventura na gruta, são aqueles que iniciam agora este nível (a password fornecida reflete isso mesmo). Também aqui poderemos escolher com qual dos personagens desejamos iniciar a missão. A rapariga continua desarmada, pelo que logicamente não deverá ser a primeira a seguir marcha, sendo que o professor ou o seu sobrinho deverão antes limpar o caminho.

Armados com uma pequena lança (o professor e Axel), vão tentar chegar à praia. A selva encerra mais uma vez muitos perigos, não só os animais pré-históricos que a povoam, mas também os pântanos, que retardam o nosso passo, ficando os nossos personagens mais vulneráveis aos restantes perigos.  Cada um dos animais tem uma estratégia de ataque diferente. Assim, o stegosauruses tenta atingir-vos com a cauda (temos que o evitar, não vale a pena atacá-lo). O terrorsaurus é um afilhado do T-Rex, perigosíssimo, como seria de esperar, e convém manter uma distância segura do mesmo antes de o atacar. O smilodon é o antepassado do tigre dentes de sabre, salta sobre nós, e apenas poderá ser morto quando está em pleno voo. Finalmente, o pterodactyls é um lagarto voador que nos tenta dar bicadas e teremos que nos baixar para os evitar.

Também aqui os gráficos são maravilhosos, com sprites bastante grandes e muito bem definidos, mesmo sendo monocromáticos. Contem depois com os habituais pormenores deliciosos, como o chão a tremer quando matamos um terrorsaurus. E ao contrário dos restantes níveis, não nos é concedida uma password de acesso à fase seguinte, podendo começarmos o jogo logo no nível quatro.

Chegamos então à terra das tartarugas, e nesta etapa temos que alcançar o porto que nos vai permitir subir o vulcão Stromboli. Mas para lá chegarmos teremos que evitar as muitas tartarugas que impedem o caminho. Não só as vivas, cujo toque é fatal, mas também as carcaças das tartarugas mortas, que nos impedem a passagem e implica termos que passar por trilhos mais perigosos. Não sendo um nível muito longo, é difícil q.b. para nos manter ocupados durante algum tempo. Também aqui, o número de personagens que chegam em segurança ao porto, serão os mesmos a começarem o nível seguinte, acessível através da password.

No quinto e último nível é recriado o fim da aventura de Júlio Verne, quando os personagens são expelidos pelo vulcão na Sicília. Começamos na base do vulcão em cima de uma jangada, e vamos subindo ao longo do cone ao ritmo da própria subida da água. Qualquer toque da jangada nas paredes, um dos seus ocupantes morre (dai que o número de personagens com que acabámos o nível anterior seja aqui muito importante).

Mas se a subida começa de forma lenta, gradualmente a velocidade vai aumentando, até se tornar frenética. Assim, apenas aqueles que possuem reflexos muito rápidos conseguirão chegar ao final e completar esta aventura.

Uma das grandes vantagens deste jogo é a sua diversidade. Cada nível, por si só, poderia dar um jogo autónomo. Juntando as cinco partes, consegue-se agradar à grande maioria dos jogadores, sendo este um bom exemplo de como o sistema multiload poderá também ter as suas vantagens. Lembramo-nos de muitos jogos onde se tentou colocar esta diversidade ao longo dos diferentes níveis, e o resultado era, muitas vezes, um conjunto de mini-jogos fraco e sem ligação entre si.

Por outro lado, a nível gráfico faz lembrar muitos dos jogos espanhóis do final dos anos 80, início dos 90, mas sem os habituais problemas, isso é, fraca jogabilidade e um demasiado alto grau de dificuldade, muitas vezes a roçar o impossível. O que aqui é encontramos é difícil, mas suficientemente motivador para tentar levar a aventura até ao fim. Estamos assim, sem dúvida alguma, perante um dos melhores jogos feitos por nuestros hermanos para o Spectrum.

Viagem ao Centro da terra (Versão Estendida) é gratuito, podendo a edição digital ser aqui obtida. No entanto, os colecionadores também poderão vir a obter a versão física (será lançado daqui a uns meses), e arriscamo-nos a dizer que este seria um jogo perfeito para ser lançado em cartridge (tal como o foi The Sword of Ianna).

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André Leãohttp://planetasinclair.blogspot.pt/
Tive o meu primeiro computador em 1985, um TC 2048, que me iniciou na informática. Apesar de no final dos anos 80 ter definitivamente passado para os 16 bits, o bichinho do Spectrum e clones sempre ficou, até aos dias de hoje. Atualmente coleciono tudo o que tenha a ver com o Spectrum e vou estando a par das novidades deste mercado, sendo fundador do blogue Planeta Sinclair.

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