Com o uso cada vez mais intenso dos smartphones que nos acompanham praticamente 24 horas por dia a bateria tornou-se um dos elementos mais críticos para o utilizador moderno. Um estudo recente revelou que, em média, cada pessoa passa mais de 5 horas por dia ao telemóvel. Este nível de utilização significa descarga rápida da bateria e, por consequência, a necessidade de carregamentos frequentes. Mas se há algo que todos procuramos hoje em dia é rapidez. É aí que entram os carregadores rápidos, capazes de devolver até 60% de carga em apenas 30 minutos. Eis toda a verdade sobre o carregamento rápido.
Como é que o carregador sabe quanta energia pode fornecer?
O segredo está no chamado “power handshake”, um processo de comunicação entre o telemóvel e o carregador. Logo que liga o cabo, ambos os dispositivos trocam informações sobre a voltagem e a corrente adequadas para garantir um carregamento rápido, mas seguro. Inicialmente, o carregador fornece energia a 5V (como nos carregamentos normais). Mas se for seguro para o dispositivo, aumenta a voltagem e a potência para acelerar o processo. Tudo isto em segundos e de forma automática.
Este mecanismo inteligente evita sobrecargas, sobreaquecimento e outros danos que poderiam comprometer a bateria ou o próprio aparelho. É por isso que pode usar carregamento rápido com confiança. Isto desde que esteja a utilizar o equipamento certo.
Existem vários tipos de carregamento rápido e nem todos são compatíveis
Atualmente, existem vários protocolos de carregamento rápido, alguns universais e outros exclusivos de determinadas marcas. O USB Power Delivery (USB PD) é um dos mais populares e compatível com uma vasta gama de dispositivos, incluindo muitos Androids e iPhones mais recentes. Depois, temos tecnologias proprietárias como o Quick Charge da Qualcomm, o Adaptive Fast Charging da Samsung, o SuperCharge da Huawei ou o VOOC da OPPO. Estas tecnologias foram criadas para garantir a máxima eficiência e segurança dentro do ecossistema de cada marca.
Este é um dos motivos pelos quais nem todos os carregadores rápidos funcionam da mesma forma com todos os telemóveis. Usar um carregador de 65W com um telefone que só aceita 25W, por exemplo, não vai danificar o equipamento. No entanto também não o vai carregar mais depressa. O carregador apenas fornecerá a potência que o dispositivo aceitar.
Fast charging é seguro mas há cuidados a ter
Ao contrário do que alguns mitos fazem crer, o carregamento rápido não danifica a bateria. Isto desde que o carregador e o cabo estejam em boas condições e sejam adequados ao equipamento. As tecnologias atuais incluem gestão térmica e controlo de voltagem, permitindo que o telemóvel monitorize constantemente a temperatura e ajuste o fluxo de energia para preservar a saúde da bateria.
Ainda assim, há boas práticas que deve seguir. Por exemplo, evite carregar o telemóvel até aos 100% constantemente. Estudos indicam que manter a carga entre os 20% e os 80% ajuda a prolongar a vida útil da bateria. Também é aconselhável não usar carregadores genéricos ou de marcas desconhecidas, que podem não ter os sistemas de proteção adequados.
Além disso, siga sempre as recomendações do fabricante quanto ao tipo de carregador e cabo a utilizar. Só assim garante o melhor desempenho possível e evita riscos desnecessários.
O carregamento rápido é uma das melhores inovações dos últimos anos no universo dos dispositivos móveis. Permite poupar tempo, aumenta a conveniência e, com as tecnologias atuais, é seguro para o seu equipamento. Para tirar o máximo partido desta funcionalidade, use carregadores certificados, respeite os limites do seu telemóvel e siga as boas práticas de carregamento.
A tecnologia está do seu lado e agora, o tempo também.
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