O açúcar está por todo o lado — em frutas, mel, refrigerantes, bolos e até alimentos processados onde menos se espera. Apesar do sabor irresistível, o açúcar é aquilo a que os nutricionistas chamam “calorias vazias”. Ou seja, fornece energia, mas sem qualquer valor nutricional. O consumo excessivo de açúcar está ligado a problemas como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e cáries dentárias. Por isso, autoridades de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendam que o consumo de açúcar adicionado represente menos de 10% das calorias diárias. É aqui que entra o aspartame mas vale a pena utilizar ou é um engano?
Vale a pena utilizar aspartame ou faz mais mal do que bem?
O apelo dos adoçantes sem calorias
Com o objetivo de reduzir a ingestão de açúcar, milhares de pessoas recorrem hoje a adoçantes não nutritivos, como o aspartame, a sucralose, a stevia ou o extrato de fruta-do-monge. Estes compostos oferecem sabor doce sem as calorias do açúcar, sendo usados em bebidas dietéticas, alimentos “light” e produtos sem açúcar.
Entre todos, o aspartame é talvez o mais polémico.
Aspartame: doce sem calorias… mas a que custo?
Descoberto em 1965, o aspartame é 180 a 200 vezes mais doce do que o açúcar. Está presente em mais de 6.000 alimentos, bebidas e até medicamentos.
Vantagens
- Tem sabor semelhante ao açúcar.
- É praticamente isento de calorias.
- Não eleva os níveis de glicose no sangue, sendo indicado para diabéticos.
- Pode ajudar no controlo de peso (quando usado com moderação).
Riscos e controvérsias
Apesar das aprovações oficiais, há estudos que apontam para efeitos secundários, incluindo:
- Dores de cabeça, tonturas, alterações de humor e insónias, sobretudo com consumo elevado.
- Possíveis ligações a neurodegeneração, AVC, demência e até cancro (segundo a IARC, o aspartame foi classificado como “possivelmente cancerígeno” em 2023).
- Proibição total para pessoas com fenilcetonúria (PKU), uma doença genética rara que impede o organismo de processar fenilalanina, presente no aspartame.
- Possíveis efeitos na placenta, o que leva a recomendações de evitar o consumo durante a gravidez.
Além disso, alguns estudos indicam que os adoçantes artificiais podem estimular o apetite e até aumentar o risco de obesidade. Ou seja, o oposto do que se pretende com a sua utilização.
E o intestino?
O microbioma intestinal, essencial para a digestão, imunidade e até o humor, também pode ser afetado. Investigações sugerem que o aspartame pode alterar negativamente a flora intestinal, o que pode contribuir para problemas de saúde a longo prazo.
Conclusão: vale a pena usar aspartame?
O aspartame pode parecer uma boa alternativa ao açúcar, mas os potenciais riscos à saúde levantam dúvidas legítimas. Embora as autoridades ainda o considerem seguro dentro dos limites recomendados, a OMS já não recomenda o uso de adoçantes para controlo de peso.
O melhor caminho? Reduzir o açúcar e os adoçantes artificiais de forma equilibrada e optar por alimentos naturais e minimamente processados.
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