TVs em 2026: o OLED ainda é o rei ou o “burn-in” vai matar o teu ecrã?

A tecnologia das televisões está a evoluir a um ritmo alucinante (e confuso). Mas se estás a pensar investir num OLED, a grande questão mantém-se: quanto tempo dura realmente? À medida que nos aproximamos de 2026, comprar uma televisão nova começa a parecer um exame de engenharia. Samsung e LG já andam a falar de “Micro RGB”, juntando-se a uma lista interminável de siglas que já nos dão dores de cabeça: QNED, QLED, Mini-LED, QD-OLED… enfim, uma verdadeira sopa de letras. No meio desta confusão, a regra de ouro para quem quer a melhor qualidade de imagem tem sido simples: compra OLED. Se queres pretos perfeitos, cores vibrantes e os melhores ângulos de visão, é o caminho a seguir (se a carteira permitir). Mas o OLED, mesmo nas TVs em 2026, tem um “bicho-papão” antigo: o burn-in.

TVs em 2026: o medo do “fantasma” no ecrã

Para quem não sabe, o burn-in é aquela retenção de imagem permanente. Imagina que vês sempre o mesmo canal de notícias; com o tempo, o logótipo do canal fica “queimado” no ecrã e visível mesmo quando estás a ver um filme. É uma marca física nos píxeis.

As marcas dizem que o problema está resolvido ou muito mitigado. A Sony diz que duram tanto como um LCD normal. A Samsung aponta para 10 a 20 anos de uso “normal”. A LG prometeu, já em 2016, cerca de 30 anos de vida útil (100.000 horas).

Mas será que a realidade bate certo com o marketing?

O teste de tortura diz a verdade

O site RTINGS, conhecido pelos seus testes exaustivos, colocou mais de 100 televisões à prova, simulando 10 anos de uso intensivo. Os resultados foram… mistos, para dizer o mínimo.

O Burn-in é real: No teste acelerado, todos os modelos OLED apresentaram sinais de burn-in permanente nos primeiros meses de teste intensivo (o equivalente a muito tempo de uso real).

Falhas mecânicas: Algumas TVs falharam não pelo ecrã, mas por outros componentes. Um modelo da LG parou devido a píxeis mortos após o equivalente a 2 anos deste teste extremo, e modelos da Samsung e Sony tiveram falhas na fonte de alimentação.

samsung qd-oled mudou. um “q” azul para destacar a diferença

A surpresa final: Ainda é a opção mais segura?

Aqui está o “twist”. Apesar dos relatos assustadores de burn-in nos testes de tortura máxima, a conclusão do RTINGS foi surpreendente: as TVs OLED, no geral, duram mais do que os outros tipos de painéis.

Enquanto o OLED pode sofrer de retenção de imagem se abusares (tipo deixar a TV ligada na CMTV 24 horas por dia), as outras tecnologias (LED, QLED, etc.) tendem a ter falhas catastróficas ou problemas de retroiluminação com mais frequência.

Resumo: Se o preço não for problema para ti, o OLED continua a ser a aposta mais segura e visualmente impressionante para o futuro próximo. As tecnologias modernas de limpeza de píxeis e proteção de ecrã ajudam imenso, por isso, a não ser que tentes estragar a TV de propósito, em 2026 o teu OLED ainda deverá estar “fresco”.

E tu, tens medo do burn-in ou achas que a qualidade de imagem do OLED compensa o risco?

Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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