Há alguns dias atrás, falámos um pouco sobre o que está acontecer no mundo automóvel, nomeadamente acerca da grande aposta na mobilidade elétrica enquanto o Hidrogénio, que muitos apontavam ser o grande salvador da pátria, estar mais ou menos desaparecido do mercado auto.
Pois bem, sabia que existe mais que um tipo de hidrogénio? Ou melhor, que existe mais que uma maneira de produzir este tipo de combustível? Vamos tentar perceber mais sobre este assunto!
Há vários tipos de hidrogénio, mas nem todos são limpos!
Portanto, como deve saber, o sociedade precisa urgentemente a de mudar a forma como vive, se realmente queremos “salvar” o planeta. O que claro está, na temática do mundo automóvel, significa abandonar os combustíveis fósseis para abraçar tecnologias mais limpas, como a energia eólica, solar, ou hidroelétrica.
É aqui que também temos de entrar no tema do hidrogénio, que é muitas vezes tido como o grande salvador do mundo automóvel, por ter virtualmente 0 emissões poluentes. Afinal, através do tubo de escape do carro, apenas sai água (H2O).
Mas aqui é preciso ter em conta a produção do hidrogénio! É que existem vários tipos, e apenas um é realmente muito amigo do ambiente.
É que caso não saiba, existe Hidrogénio “Cinzento”, “Azul” e “Verde” Com o cinzento a ser o mais poluente, o azul no meio, e por fim, temos o verde, que é produzido a partir de energias limpas. Mas vamos por partes.
Muito resumidamente, como dissemos em cima, o Hidrogénio tem sido ‘hyped’ como o salvador da pátria, sendo a resposta à crise ambiental e energética do planeta. Afinal, ao contrário dos combustíveis fósseis, não temos qualquer emissão de gases poluentes com o consumo de hidrogénio. Além disso, é a substância mais abundante do Universo.
Mas temos um problema no meio de tudo isto, apesar de ser abundante, meter as mãos em hidrogénio não é mesmo nada fácil.
É que apesar de estar em todo o lado, nunca está sozinho. É preciso extrai o hidrogénio de outras moléculas, nomeadamente da água. Um processo que infelizmente precisa da ajuda dos combustíveis fósseis. É que caso não saiba, a grande maioria do hidrogénio produzido nos Estados Unidos e Europa, vem do gás natural, onde temos o uso de vapor e pressão, para converter o metano do gás natural em hidrogénio ‘cinzento’. O problema é que este processo resulta em grandes emissões de dióxido de carbono… Pois bem, é aqui que entra o Hidrogénio Azul. Que é feito da mesma exata maneira, mas existe mais esforço na captura do dióxido de carbono resultante de todo o processo.
Solução para todo o problema? Aparentemente não!
Apenas 85~90% de todo o dióxido de carbono é capturado. Além disso, temos logo outro problema. Vai ser preciso armazenar todo o dióxido resultante, sem limite de tempo, e com a garantia que não existem fugas para a atmosfera.
No fundo, novos estudos apontam para que o Hidrogénio Azul seja mesmo mais limpo, mas apenas 10% mais limpo comparativamente à alternativa Cinzenta, quando temos tudo em conta. Aliás, segundo estes mesmos estudos, o hidrogénio azul pode acabar por ser mais poluente (+20%), relativamente à queima direta de gás natural.
Hidrogénio verde = O melhor hidrogénio
Além do Hidrogénio Cinzento e Azul, temos também o verde. Por sua vez produzido a partir da eletrólise da água. No entanto, por enquanto, equivale apenas a uma ínfima percentagem da produção total, tal é a sua complexidade, e preço real.
Afinal de contas, enquanto o hidrogénio feito a partir de combustíveis fosseis anda entre o 1 dólares e 2 dólares por Kg. O Hidrogénio verde chega facilmente aos 4~5$ por Kg.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Será que o futuro é mesmo o hidrogénio? Ou a aposta vai ficar pelos elétricos?