Se há coisa que tem sido atirado para cima da mesa… É o facto de as consolas de nova geração não terem consigo impressionar os jogadores em termos gráficos ou de performance pura e dura.
Mas, podemos ter uma surpresa em desenvolvimento! Sim, é verdade que ainda falta algum tempo até que seja possível encontrar The Witcher 4 nas lojas, mas o novo vídeo partilhado no evento State of Unreal mostrou algo que deixou muitos jogadores com os olhos colados ao ecrã. Estamos a falar de uma tech demo impressionante, feita em Unreal Engine 5.6, que mostrou o jogo a correr com ray tracing e 60 fps… Tudo isto numa PS5 normal.
Sim, leu bem, sem a necessidade de uma PS5 Pro ou PC de topo.
The Witcher 4 vai ser o primeiro jogo de nova geração?
A Ciri vai ser a estrela do novo jogo, mas quem está debaixo dos holofotes é mesmo o motor de jogo que dá vida ao projeto.
O vídeo começa com Ciri a cavalgar por uma floresta densa, atravessando rios, com detalhes visuais que pareciam impossíveis de correr numa consola de 2020. Tudo graças a otimizações no novo motor da Epic, que agora consegue conjugar realismo extremo com fluidez.
A floresta, por exemplo, está carregada de árvores, porém sem aquele pop-in irritante que ainda hoje irrita os entusiastas. O segredo? Nanite, o sistema de geometria por pixel que agora suporta folhagem densa, reorganizada de forma procedural para parecer o mais natural possível. De longe, os elementos tornam-se tão pequenos que nem ocupam um pixel completo.
Resultado: mais detalhe e curiosamente também menos esforço.
Ray tracing que não mata a performance.
A Epic diz que o ray tracing em Unreal Engine 5.6 consegue o dobro da velocidade quando comparado com as primeiras versões. Isto, aliado a um sistema de carregamento de cenas estáticas mais inteligente, significa que é possível manter os 60 fps sem sacrificar o brilho dos reflexos, sombras ou iluminação global.
A própria animação também deu um salto. A demo mostra Ciri a virar e galopar com suavidade absoluta, graças a novas ferramentas de deformação baseada em machine learning.
Entretanto, mais à frente, vemos uma praça cheia de NPCs (mais de 300) todos com movimentos naturais e sem comprometer a fluidez.
É mesmo o jogo final? Não, e isso é preciso ser sublinhado. Porém, promete!
A CD Projekt Red já veio dizer que esta demo não é gameplay real, nem é retirada de uma versão jogável do The Witcher 4. Serve como objetivo técnico, para mostrar o que é possível alcançar com as ferramentas certas.
Ou seja, não caia na mesma armadilha de Cyberpunk 2077. Ainda assim, apesar de o lançamento estar apontado para 2027, este vídeo mostra que a próxima geração de RPGs pode correr de forma fluida até nas consolas atuais.