Já pensaste no que seria se, de um momento para o outro, a Terra parasse de rodar? Parece impossível e teoricamente é. Mas a ciência adora brincar com hipóteses extremas, e a resposta não é nada simpática.
A velocidade que não sentes mas está lá
A Terra roda sobre si mesma a uma velocidade incrível: mais de 1600 km/h no equador. Nós não sentimos porque tudo à nossa volta gira à mesma velocidade, ar, oceanos, continentes. Mas se essa rotação parasse de repente, o corpo humano e tudo o que existe na superfície continuaria a mover-se a essa velocidade.
Imagina um carro a travar bruscamente a 200 km/h. Agora multiplica isso por oito. O resultado seria devastador: cidades inteiras seriam varridas, oceanos atravessariam continentes, e ninguém sobreviveria ao impacto inicial.
O caos imediato se a Terra parasse de rodar de repente
Os mares e oceanos levantariam tsunamis globais, avançando centenas de quilómetros para dentro de terra.
Edifícios, árvores, carros e pessoas seriam lançados no ar como projéteis.
A atmosfera continuaria a mover-se, criando ventos impossíveis de suportar.
Em poucas horas, o planeta estaria irreconhecível.
Se parasse devagar…
Agora, se a Terra fosse travando lentamente ao longo de milhões de anos, o resultado seria diferente mas igualmente estranho. O dia e a noite deixariam de ter 24 horas e passariam a durar meses. Isso destruiria os ecossistemas tal como os conhecemos:
- Um lado do planeta ficaria em escuridão e gelo eterno.
- O outro em calor abrasador e deserto infinito.
- Só uma faixa estreita entre os dois extremos poderia manter vida.
O campo magnético desapareceria
A rotação da Terra é também responsável pelo movimento do núcleo líquido de ferro no seu interior. Esse movimento cria o campo magnético que nos protege da radiação solar. Sem rotação, esse campo colapsaria e o planeta ficaria exposto a níveis letais de radiação cósmica.
A Terra só existe como a conhecemos porque gira. É essa rotação que equilibra dias e noites, mares e ventos, vida e clima. Se parasse de repente, seria o fim imediato da civilização. Se parasse devagar, seria o colapso lento de tudo o que nos mantém vivos.
No fundo, esta hipótese extrema serve de lembrete: vivemos num planeta incrivelmente frágil e tudo o que parece “normal” depende de forças cósmicas muito maiores do que nós.
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