Quem realmente queria um iPhone 16, já teve a oportunidade de o encomendar, e provavelmente até já o recebeu em casa. Entretanto, os smartphones também já estão nas prateleiras para quem preferiu esperar pelas reviews e primeiras impressões dos especialistas.
É exatamente por isso que já tenho um iPhone 16 Pro Max no meu bolso, em troca do meu “velhinho” iPhone 15 Pro Max de 2023. Mas, tudo isto levanta várias questões sobre o presente e futuro da Apple.
É que pela primeira vez em muito tempo, comprei um smartphone com meu próprio dinheiro, e senti zero entusiasmo enquanto o retirava da caixa, e comecei a instalar o backup do outro iPhone.As novidades foram zero, o smartphone sente-se exatamente o mesmo, e a coisa não vai ficar melhor nos próximos meses. Especialmente se for um consumidor Português.
Está na altura de questionar o que se passa com a Apple e com o iPhone 16
Portanto, estou agora a entrar na minha segunda semana de iPhone 16 Pro Max, e como tal, o pó já começa a cair, e a cabeça começa a pensar.
Foi um gasto de dinheiro sem qualquer sentido, num smartphone que se parece, e age, como o modelo do ano anterior.
Isto é um problema para a Apple, porque apesar de o iPhone se vender por… Ser um iPhone, e isso significar estatuto para a cabeça de vários consumidores.
Caso contrário, os consumidores vão, no geral, começar a sentir o mesmo que eu estou a sentir. Que foi dinheiro mal gasto. Como deve imaginar, nenhuma empresa é capaz de crescer com este tipo de sentimento à volta dos seus produtos.
Têm que existir diferenças, ou melhor, têm que existir razões para mudar de smartphone.
Em Portugal não existem!
Eu já andava a usar o iOS 18.1 no meu iPhone 15 Pro Max, por isso, em termos de interface, existem 0 novidades.
O botão de captura é engraçado no papel, mas a sua implementação é preguiçosa, e por isso mesmo, é sempre mais simples interagir com a app de câmara a partir do ecrã e esquecer que o botão existe.
Além disso, a grande novidade que é a Inteligência Artificial, não está disponível em lado nenhum no iOS 18.0 (a versão atual do iPhone 16). Visto que as suas grandes funcionalidades vão ser lançadas aos poucos, versão a versão, ao longo dos próximos (muitos) meses. A primeira versão a ter IA vai ser a 18.1 de Outubro
Mas, caso não saiba, em Portugal, ainda ninguém sabe muito bem quando é que vai existir IA no iPhone.
Sim, leu bem. A Samsung tem IA, a Google tem IA, até a Microsoft tem IA.
Mas a Apple não pode ter IA na Europa, porque o seu sistema vai contra as regras da União Europeia. Por isso, não vai haver IA na Europa em 2024, e provavelmente também não vai existir em 2025. Aliás, mesmo que exista IA no iPhone Europeu em 2025, você não vai ter IA em Português (mesmo que seja do Brasil) até 2026.
Especialmente porque a Apple decidiu não assinar o AI Pact Europeu. É verdade que a Apple não está sozinha, visto que outras empresas como a Meta e Anthropic também não assinaram.
Mas, a Google, OpenAI, Microsoft, Amazon, Adobe, etc… Assinaram, aliás, 100 outras empresas assinaram. Como tal, estão muito mais próximas do mercado Europeu.
Que pacto é este?
O Pacto abrange compromissos voluntários e não vinculativos para que estas empresas apliquem os princípios da Lei da IA antes de esta entrar oficialmente em vigor.
O AI Act é legislação da UE que entrará em vigor nos próximos meses.
A UE quer que as empresas desenvolvam uma IA segura, naquilo que é uma região pronta a liderar o caminho no que diz respeito à regulamentação desta tecnologia do presente e do futuro.
E agora?
Mesmo sem assinar o acordo, a Apple vai ter de o respeitar. Isto se quiser levar o seu motor de IA para a região. Mas, tem mais tempo para o fazer.
A Lei da IA entrou em vigor em 1 de agosto de 2024. A totalidade da Lei da IA será plenamente aplicável dois anos após a sua entrada em vigor, com algumas excepções.
Conclusão
A IA não é o único problema da Apple. Os maiores problemas estão no facto de a gigante Norte-Americana estar a lançar dispositivos “cansados”, sem tecnologia que se sinta como uma novidade.
Além disso, sem IA, que foi obviamente desenvolvida à pressa, o iOS 18 sente-se como um sistema operativo incompleto, em uma experiência que parece estar a correr atrás do prejuízo.
É muito dinheiro para dar por aparelhos incompletos Apple. Assim não vai dar.
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