Ainda sou do tempo em que roubava CDs à coleção do meu irmão, e lá ia com o meu Diskman nas visitas de estudo na escola. Aliás, houve um tempo em que tínhamos de estar sempre a contar com uma meia dúzia de gadgets, cada um com a sua função.
O Walkman para a música, a máquina descartável para as fotos, o leitor de DVDs para ver filmes em casa e o telefone fixo sem fios para atender chamadas. Tudo isto parecia essencial. Hoje? Quase tudo foi engolido pelo smartphone e pelo streaming.
Sim, há nichos que mantêm viva alguma nostalgia, como o vinil ou as câmaras descartáveis, mas já não passam disso mesmo: nichos. A tecnologia avançou tão depressa que estes equipamentos ficaram presos no passado. Aqui ficam cinco gadgets que dominaram décadas, mas que já ninguém usa.
Telemóveis com teclado numérico

Antes do touchscreen, mandavam os Nokia, Motorola e BlackBerry. Aliás, existe um filme muito interessante a mostrar a história da BlackBerry, que aconselho vivamente a ver.
Eram máquinas indestrutíveis, com baterias para uma semana inteira e teclados que até permitiam escrever mensagens sem olhar. O BBM era o “iMessage” da época.
Mas assim que o iPhone chegou em 2007 e o Android começou a ganhar força, acabou o reinado. As pessoas queriam melhores câmaras, apps reais, internet rápida e um ecrã grande. Hoje, os telemóveis com teclas sobrevivem apenas como objetos de nostalgia.
O iPod

O iPod não foi o primeiro MP3, mas foi o que mudou tudo. Pequeno, simples, com o lendário click-wheel e com espaço para centenas de músicas. Era o sonho de qualquer estudante.
Mas o smartphone matou o iPod sem piedade. Tornou-se redundante: podias ouvir música, ver vídeos, descarregar apps e muito mais… tudo num único aparelho. Com o streaming a tomar conta da música, o iPod perdeu o propósito e acabou descontinuado.
Walkman e Diskman

Foi aqui que a música portátil ganhou fama. O Walkman permitiu levar música para qualquer lado, fosse em cassetes ou rádio FM. Criou a cultura das mixtapes e virou ícone pop.
Depois também deu espaço ao diskman, que andou com a coisa um pouco mais para a frente.
O problema? Foi tudo completamente ultrapassado.
Máquinas fotográficas descartáveis
Pensar que só podias tirar 24 ou 36 fotos, e sem saber se ficaram boas… Parece pré-histórico. As máquinas descartáveis foram enormes nos anos 90, simples e baratas, mas limitadíssimas. Tudo era enviado para revelação e só dias depois vias o resultado.
As DSLR vieram mudar tudo e, ironicamente, também acabaram por ser vítimas da evolução. Sim, até as máquinas digitais acabaram assassinadas pelos smartphones.
Hoje tens câmaras de bolso melhores do que máquinas profissionais de há 10 anos.
Telefones fixos sem fios
Durante anos, ter um telefone sem fios em casa parecia alta tecnologia. Podias andar pela sala enquanto falavas, tinhas voicemail, lista de contactos e pouco mais.
Hoje em dia? Eu vivo bem sem telefone. Acho completamente inútil. É redundante porque o smartphone faz o mesmo.

