Caso não saiba, a Nintendo Switch 2 vendeu mais de 3 milhões de unidades nas primeiras 24 horas de mercado. Ou seja, triplicou o recorde que pertencia à PS4 e, se mantiver este ritmo, vai rebentar com o máximo histórico de vendas em dois meses… Em menos de uma semana.
É um absurdo, e é também algo que confirma aquilo que muitos especialistam afirmam. Os consumidores continuam a comprar tudo o que lhes metem à frente, mesmo que os preços estejam cada vez mais absurdos.
Switch 2 quebra recordes… É por isto que está tudo tão caro!
Não há milagres, mas devia existir alguma noção. Jogos a 80 euros, edições especiais acima dos 100, consolas sem grande inovação a 400 ou 500 euros, remasters e remakes vendidos como novidades. Tudo isto seria parece “giro”, mas seria impensável há uns anos atrás.
Mas hoje em dia é o novo normal. E porquê? Porque funciona.
A indústria está a perceber que pode aumentar os preços sem grande resistência. A Switch 2 é o exemplo perfeito. Já se sabia que viria com hardware melhor, mas longe daquilo que já existe no mercado, de facto sem grandes revoluções face à geração anterior, e com jogos antigos a serem reciclados para o novo lançamento.
Ainda assim, esgotou lojas, partiu recordes e tornou-se o maior lançamento de sempre numa janela de 24 horas.
A culpa é da Nintendo? Nem por isso.
A culpa é da procura que continua insaciável, mesmo quando os preços sobem, e sobem a sério. O mesmo aconteceu com os jogos da PS5 e Xbox Series X, com as edições digitais que custam o mesmo que as físicas, com os passes de temporada, os DLC e os “expansion packs” vendidos como se fossem jogos completos.
Se os consumidores continuam a alinhar, porque haveria a indústria de deixar de fazer isto?
Enquanto se venderem 3 milhões de consolas num único dia, não há incentivo nenhum para baixar os preços. Pelo contrário. O resto é conversa.