Subscrição de 0,99€ por mês tirou mais de 200€ da conta!

Tudo começou com um “Sim, aceito” quase automático. Era uma promo qualquer de 30 dias grátis, um botão verde a piscar, aquela frase mágica: “apenas 0,99 €/mês depois do período experimental”. Parece trocos. Mas quando acordas, esse “troco” já te levou centenas de euros da conta. Assim cuidado com aquela subscrição por mês que te pode tirar mais do que possas imaginar.

O problema não é 0,99€ mas sim o somatório silencioso

As subscrições baratas são desenhadas para não doerem. Ou seja, pagamos 0,99€ por aqui, 1,99€ por ali e 3,49€ acolá. O pior é que muitas ficam escondidas como débitos diretos ou cobranças recorrentes no cartão. Tu associas-te a um serviço, usas dois dias… e depois esqueces. Eles não. Eles nunca esquecem.

Como é que estas subscrições se instalam sem darmos conta

Cenários clássicos:

“Experimenta grátis por 7/14/30 dias”. Assim metes o cartão, não apontas a data, nunca chegas a cancelar.

Compras in-app em jogos e apps de telemóvel que na verdade são subscrições semanais.

Serviços de toques, wallpapers, horóscopos, alertas SMS que se ativam com um clique num banner.

Plataformas de cursos/ebooks/música que continuas a pagar muito depois de teres parado de usar.

Cada um custa pouco. No entanto, juntos, são um buraco negro na tua conta bancária.

Como descobrir se tens uma “sanguessuga” destas ativa

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Faz uma pequena auditoria. Assim Abre o homebanking e vê os movimentos de 3–6 meses. Entretanto procura valores repetidos: 0,99€, 1,99€, 4,99€, etc., sempre com o mesmo nome de entidade.

Vê a lista de débitos diretos autorizados. Muita gente assusta-se quando vê quantas entidades têm carta branca para ir à conta.

No cartão, verifica “pagamentos recorrentes”. Alguns bancos têm uma área onde aparecem serviços que cobram todos os meses ao cartão.

No smartphone, entra na loja de apps (Google Play / App Store). Assim vai à área de Subscrições. É aí que se escondem muitos serviços esquecidos.

O que fazer quando descobres a subscrição fantasma

  • Cancela logo no sítio certo
  • Se for via app, cancela na App Store/Google Play.
  • Se for via débito direto, cancela no homebanking.
  • Se for via cartão, bloqueia o pagamento recorrente.
  • Contacta o serviço e pede esclarecimentos

Em alguns casos (especialmente se quase não usaste), conseguem devolver meses recentes.

Se achas que foste enganado, fala com o banco

esconder apps no iPhone

Como evitar que os 0,99€ do futuro te tirem mais 200€

  • Aponta SEMPRE em agenda a data em que acaba um período experimental.
  • Não metas o cartão em tudo o que é “trial” que apetece testar.
  • Faz uma auditoria de subscrições de 6 em 6 meses.
  • Ensina quem vive contigo: muitas surpresas vêm de apps que crianças/adolecentes instalam.

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A ferver

Catarina Couto
Catarina Couto
Apaixonada por tecnologia desde que usou o primeiro Nokia com ecrã monocromático, começou a escrever sobre gadgets ainda nos tempos da faculdade. Cresceu entre fóruns, blogs e lançamentos de telemóveis e nunca mais largou o mundo digital. Adora testar novos dispositivos, descobrir truques escondidos nos smartphones e simplificar a tecnologia para quem a usa no dia a dia.

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