Sonda Parker da NASA repetiu outro feito impressionante!

A sonda Parker, da NASA, voltou a repetir o feito impressionante alcançado em dezembro de 2024, ao aproximar-se a apenas 6,1 milhões de quilómetros da superfície solar. Trata-se de uma distância que nenhum outro objeto criado pelo ser humano conseguiu atingir até hoje.

Sonda Parker da NASA repetiu outro feito impressionante!

Durante esta ousada aproximação ao Sol, a Parker atingiu uma velocidade vertiginosa de 192 quilómetros por segundo, consolidando assim o título de objeto mais rápido alguma vez construído pela humanidade.

Estes dois recordes – tanto de proximidade como de velocidade – alcançaram-se originalmente a 24 de dezembro de 2024. Agora, foram novamente igualados no passado dia 22 de março de 2025. Isto com a sonda a entrar profundamente na atmosfera solar, que se estende por mais de 8,3 milhões de quilómetros além da superfície visível do Sol.

Nem o mítico Ícaro se atreveu a tanto.

Atravessar um inferno solar duas vezes

O que torna esta missão ainda mais extraordinária é o ambiente hostil que a Parker enfrenta. A atmosfera solar é muito mais quente do que a superfície visível do Sol, podendo ultrapassar os milhões de graus Celsius. No entanto, a sonda sobreviveu graças ao seu escudo térmico altamente resistente, concebido para suportar temperaturas impensáveis. E já o fez, com sucesso, por duas vezes.

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Segundo uma atualização partilhada por Sarah Frazier da NASA, a sonda enviou sinais para a base no dia 25 de março, confirmando que todos os sistemas estavam operacionais. O controlo da missão faz-se a partir do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, onde a sonda também foi projetada e construída.

Uma missão solar com os dias contados

Lançada em 2018, a missão da Parker tem como objetivo aproximar-se cada vez mais do Sol em órbitas sucessivas, de forma a estudar a sua atmosfera, os ventos de partículas solares e os campos magnéticos extremos fenómenos ainda envoltos em muito mistério.

Entretanto a aproximação de março foi a 23.ª passagem da sonda junto ao Sol, sendo a segunda de cinco planeadas a esta distância extrema. As próximas estão marcadas para os dias 19 de junho, 15 de setembro e 12 de dezembro.

Contudo, é pouco provável que a missão vá muito além dessa última data. Segundo explicou o astrofísico Justin Kasper, investigador principal do projeto, num comunicado de 2018:

“Vai chegar o dia em que o combustível para os propulsores se esgotará. Sem essa capacidade de ajuste, a pressão da luz solar fará com que a sonda rode. Isto expondo a parte traseira literalmente destruída em segundos.”

Ainda assim, algumas partes da estrutura, como o escudo de carbono e a taça de Faraday, poderão resistir ao calor extremo. Nessa altura, o que restar da sonda ficará preso numa órbita de aproximadamente dez raios solares de distância. Aí poderá permanecer durante milhares de milhões de anos.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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