Solidão? As nove coisas que pode experimentar agora!

É muito provável que em algum momento da sua vida já tenha sentido solidão. Isto por que, em boa verdade, é algo perfeitamente normal na nossa sociedade atual.

Mas afinal, o que é a solidão? A solidão é um sentimento subjetivo que se relaciona com a ausência de contacto, de sentimento de pertença ou com a sensação de se estar isolado.
Mas uma coisa é certa, o sentimento de solidão pode interferir com a qualidade de vida das pessoas.

Sabe-se que o isolamento social pode levar à solidão

Portanto, qualquer pessoa, homens ou mulheres, em todas as fases do ciclo da vida, (casados, solteiros, empregados, desempregadas) ou mesmo pessoas que residem tanto em meios rurais quanto os urbanos podem sofrer de isolamento social e consequentemente solidão.



solidão

Antes de mais nada, é preciso salientar que uma pessoa pode sentir solidão mesmo quando está acompanhada

Resumidamente, os dados sobre a solidão em Portugal concluiu que as mulheres são mais afetadas do que os homens, algo que também afeta bastante as pessoas com menor nível de escolaridade. Adicionalmente, o sentimento de solidão aumenta com a idade: 9,9% dos 50-64 anos e 26,8% com 85 anos ou mais.

E, é muito interessante entender que apesar de se estar casado, este estado civil/social não impede que se sinta sozinho. Isto porque apesar de ser mais frequente nas pessoas viúvas (30,6%) e nas solteiras (15,8%), as pessoas casadas ainda apresentam estar em estado de solidão (9,2%).

Ademais, o SNS avança com fatores de risco para o isolamento social e/ou solidão:

  • Pobreza ou pressões financeiras: podem impossibilitar a realização de atividades de convívio ou lazer
  • Institucionalização: a entrada de pessoas para instituições como centros de reabilitação, centros de dia ou lares de idosos pode dificultar a sua integração social
  • Diminuição do estado de saúde: a fraca mobilidade e acessibilidade facilitam o isolamento social
  • Arquitetura residencial: a organização das habitações pode levar ao isolamento físico das pessoas
  • A ausência do cônjuge, amigos ou colegas : as pessoas que não têm filhos, se reformam, ficam viúvas, perdem outros familiares ou amigos próximos, ou que são abandonadas pelos familiares, sobretudo, se forem idosos, têm um risco acrescido de isolamento.
  • Episódios súbitos negativos: por exemplo, o falecimento do cônjuge, mudança de casa ou desemprego ou trabalho a partir de casa podem desencadear o isolamento e solidão
  • Violência: pessoas que sofrem de maus tratos têm maior risco de ficarem isoladas
  • Doença mental: a depressão, por exemplo, representa um fator de risco de isolamento e de solidão
  • Cuidadores informais: estão mais expostos a situações de isolamento, fraca saúde física e mental e distanciamento do mercado de trabalho

Adicionalmente, o ex-cirurgião geral dos Estados Unidos, Vivek Murtbhy, afirmou que: “A solidão pode aumentar os riscos de depressão, ansiedade e doença cardiovascular, além de diminuir a expectativa de vida.”



Dito isto, vamos então saber quais são os comportamentos para não sentirmos solidão! (Conselhos de profissionais)

1. Tentar não julgar

A dor provocada pela solidão pode ser potencializada se nos criticarmos pelo que sentimos. Quando uma pessoa se auto-julga em demasia pode criar um sentimento de vergonha e ansiedade, podendo resultar em solidão. Por isso, faça um esforço para aceitar as suas emoções. Tanto as positivas quanto as negativas. Em suma, substituir o auto-julgamento por atitudes de compaixão.

2. Atenção! A solidão é comum e não vai durar para sempre

Há diversas pessoas no mundo que também se sentem sozinhas. Esse sentimento não é sinónimo de doença e vai passar!

3. Conecte-se com outras pessoas

Embora possa sentir que ninguém se importa consigo, é importante lembrar que provavelmente se sentirá melhor ao estabelecer relação com outras pessoas. Dentro dessa perspectiva, entre em contato com amigos ou parentes. Fale com outras pessoas… ou pelo menos saia de casa!

4. Entre em contato com a natureza

Andar ao ar livre seja num parque ou algo equivalente é a sugestão do ex-presidente de uma organização dos EUA dedicada a combater a solidão – UnLonely Project, Jeremy Nobel. Assim como, se puder, passe mais tempo com animais!

5. Dedique menos tempo ao smartphone

Priorizar as interações presenciais em vez de passar o tempo nas redes sociais.

Repare que ficar horas a olhar para fotos completamente selecionadas e filtradas de outras pessoas pode aumentar a frustração e solidão. Prefira usar as redes para conviver e convidar alguém.

6. Use a sua criatividade

As atividades artísticas podem ser reconfortantes num momento de solidão. O sofrimento pode ser transformado em beleza com a leitura de um poema assim como a dança, pintura e até mesmo a escultura.

7. Pense em alguém que goste de si!

Depois de escolher alguém que saiba o quanto se importa consigo, relembre como esse amor foi ou é demonstrado. Ou pelo menos, faça um “refresh” dos momentos em que  recebeu apoio.

8. Inscreva-se em atividades de grupo

Ao participar em aulas de grupo, para além de não desistir de atividades que até então não se via a fazer, é possível abrir caminho para possíveis relações.

9. O que é que a sua solidão significa?

Entretanto, em vez de querer livrar-se desse sentimento, procure olhar para a sua solidão, de forma a entendê-la, por mais desconfortável que esta seja! Tente perceber como é afetado pela sua solidão… Isto para que depois de algum tempo, consiga controlar as suas atitudes quando se sente menos positivo. Decisões tomadas em momentos de calma tendem a ser melhores e a trazer mais satisfação do que em momentos de stress.

Como já foi dito, a solidão não é igual a doença! Contudo, se for persistente e representar uma barreira, pode ser necessário procurar ajuda

Em suma, a solidão prolongada pode aumentar o risco de desenvolver diversos problemas de saúde. Assim, em vez de aumentar o isolamento, tente entrar em contato com amigos, parentes, ou um profissional da área de saúde.


Fonte: 1, 2, 3

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Joana Morais
Joana Morais
Desde que me conheço a área da saúde sempre me fascinou, em especial a área da fitoterapia e nutrição. Muitas vezes brincando que noutra vida fui "feiticeira" porque sou apaixonada por tudo o que têm propriedades curativas. Finalizado o mestrado integrado em Ciências Farmacêuticas, sinto-me útil a ajudar.

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