Quantas vezes já ouviste alguém dizer que o SMS morreu? Com WhatsApp, Messenger, Telegram e dezenas de apps de mensagens gratuitas, parecia óbvio que o velho sistema de mensagens de texto ia desaparecer. Mas a verdade é outra: em 2025, os SMS continuam vivos e são usados nos momentos mais importantes da tua vida.
Porque ainda recebemos SMS todos os dias
Apesar de quase ninguém usar SMS para conversar, eles são a forma mais fiável e universal de comunicar quando falamos de serviços críticos.
Bancos: os códigos de autenticação (OTP) para confirmar transferências e pagamentos ainda chegam por SMS, porque funcionam mesmo sem internet.
Médicos e hospitais: lembretes de consultas, resultados de análises ou alertas rápidos continuam a ser enviados por SMS, já que qualquer telemóvel os recebe.
Serviços públicos: do fisco às finanças, muitas notificações oficiais chegam em formato de SMS.
É barato, chega a toda a gente e não depende de instalar apps.
O outro lado: o paraíso das burlas
Mas há um problema: essa mesma confiança no SMS tornou-o no terreno favorito dos burlões.
- Assim Recebes uma mensagem “do banco” a pedir que confirmes dados? 90% das vezes é fraude.
- SMS com links para levantar encomendas ou desbloquear contas? Golpe clássico.
- Até os códigos de autenticação podem ser alvo de ataque se fores enganado a partilhá-los.
O smishing (phishing por SMS) está a crescer em Portugal e é um dos esquemas mais lucrativos para os cibercriminosos.
Porque não substituem o SMS por outra coisa?
Já existem alternativas mais seguras, como apps de autenticação (Google Authenticator, Microsoft Authenticator) ou notificações push diretamente na app do banco. Mas o SMS ainda tem vantagens únicas. Assim funciona em qualquer telemóvel, mesmo sem smartphone. Entretanto não precisa de internet. Para além disso é barato para quem envia.
Por isso, enquanto nem todos os utilizadores tiverem acesso fácil a apps mais avançadas, o SMS vai continuar a ser usado em paralelo.
O futuro do SMS em Portugal
O que vai acontecer nos próximos anos é uma transição lenta:
- Os bancos vão apostar cada vez mais em apps de autenticação.
- Os médicos e serviços públicos provavelmente vão migrar para notificações digitais e apps próprias.
Mas o SMS não vai desaparecer já: vai continuar a ser o plano B fiável quando tudo o resto falha.
O SMS pode ter morrido como ferramenta de conversação, mas está mais vivo do que nunca em áreas críticas: dinheiro, saúde e até… burlas. Na prática, o que já não serve para conversar com amigos ainda se considera o canal mais universal para passar mensagens sérias.
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