O smartwatch não matou o relógio tradicional. O que é giro!

O smartphone matou muita coisa quando apareceu no mercado a um preço apelativo. Estamos a falar dos leitores de música mp3, das câmaras fotográficas, etc… Foi um produto que tomou posso de vários mercados importantes e lucrativos. Meteu tudo dentro do mesmo saco, e… Fugiu!

Dito isto, durante anos, deu-se como garantido que o smartwatch ia (eventualmente) matar o relógio de pulso tradicional. Tivemos sempre alguém a afirmar que seria uma simples questão de tempo.

Afinal de contas, um fazia tudo, e o outro só mostrava as horas. Parecia uma batalha perdida à partida para os velhinhos relógios com ponteiros.

Relógios: Só que a realidade acabou por ir noutra direção.

huawei watch d2 (review) - É um relógio que quer ser médico ou enfermeiro rsacunho

Portanto, como deves saber, os relógios inteligentes estão por todo o lado. Tornaram-se banais. Qualquer pessoa tem um no pulso, seja este barato ou premium. São práticos, úteis, funcionais. Porém, também previsíveis.

Ou seja, um smartwatch é um objeto tecnológico como outro qualquer, comprado muitas vezes pelo que faz, não pelo que representa. E é precisamente aí que o relógio tradicional voltou a ganhar força.

O que mudou?

rolex, cópia, clone

Simples, quando toda a gente passou a usar algo parecido no pulso, o relógio mecânico deixou de competir. Passou a destacar-se!

De facto, até os relógios tradicionais da “moda”, aqueles mais acessíveis a quem não consegue de facto ter uma peça de relojoaria mais a sério (e bastante mais cara), voltaram a ganhar algum peso no mercado, isto graças a uma maior aposta em design, presença e diferenciação. Mais concretamente, estamos a falar de caixas maiores, acabamentos mais cuidados, mostradores que chamam a atenção. Isto não para competir com ecrãs, mas para se destacarem deles.

De forma muito resumida, hoje em dia, quando se olha para o pulso de alguém, e se nota que não é um outro bocado de alumínio, plástico e borracha, tenta-se perceber o que é. E isso é muito curioso.

Ou seja, o relógio voltou a ser escolha consciente.

Um acessório com intenção, com peso visual, com identidade. É algo que usas quando queres estar bem, quando queres de facto passar alguma imagem. Assim, enquanto um Apple Watch serve para notificações, saúde, exercício. Um relógio tradicional serve para outra coisa. Presença. Estilo. Estatuto.

Curiosamente, foi a normalização do smartwatch que empurrou os relógios normais para um patamar mais visível!

Marcas como Rolex, Omega ou Patek Philippe não sofreram com o aparecimento do smartwatch. Pelo contrário. Tornaram-se ainda mais símbolos de estatuto, precisamente porque não fazem parte do mundo da tecnologia descartável.

Aliás, como noticiámos há alguns meses atrás, existe todo um mercado de Super-Clones, a movimentar milhões de euros todos os anos. Um mercado onde é possível encontrar versões contrafeitas de Rolex, Omega, Patek, etc… Que passam por original aos olhos de 99% das pessoas, a preços muito mais apetecíveis.

Um smartwatch envelhece rápido, e… São todos iguais!

Dois, três anos e parece velho. Um relógio mecânico envelhece bem. Ganha história. Também não depende de updates, nem de baterias internas que um dia deixam de carregar.

Aliás, alguns relógios mecânicos até precisam de manutenção de tempos a tempos, quase como se fosse um carro. Uma máquina bem oleada que apenas precisa de alguma atenção para continuar a fazer história.

Em suma, quem usa um smartwatch fá-lo porque precisa. Quem usa um relógio tradicional fá-lo porque quer. É uma diferença enorme.

Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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