Não é novidade para ninguém que o mundo dos smartphones está, novamente, a passar por um período de estagnação. O design pouco tem evoluido, e apesar das melhorias anuais no campo do processamento computacional e captura de imagem através do módulo de câmaras traseiro, a realidade é que tudo parece muito igual ano após ano.
Aliás, basta olhar para as gamas de aparelhos mais populares do mercado (Galaxy S24 e iPhone 15), para perceber que até no lado do design, a coisa está um pouco parada no tempo, com melhorias muito ligeiras em cada “novo” lançamento.
Ainda assim, apesar das poucas diferenças entre gerações, a realidade é que o mundo dos smartphones continua a apresentar uma tendência de aumento de preço que noutros tempos parecia normal, mas agora, parece apenas e só assustadora.
Afinal de contas… Acha normal dar mais que 1500€ por um modelo “base” de um qualquer smartphone topo de gama? Honestamente, acredito que estamos no limite.
Porém, ao que tudo indica, os preços vão continuar a aumentar. O encarecimento pode ficar mais lento, mas vai continuar a existir, de forma a perceber até onde vai a carteira dos entusiastas.
Smartphone não evolui, mas está cada vez mais caro!?
Portanto, dito tudo isto, para perceber o presente e o futuro, é preciso olhar para o passado.
Nomeadamente para os anos 2010, onde, caso não se lembre, um smartphone topo de gama não era assim tão caro quanto isso. Aliás, o encarecimento absurdo que vemos hoje em dia no mundo mobile, só começou com a chegada do iPhone X em 2017, o primeiro smartphone a tocar e a ultrapassar os 1000€ em várias regiões.
Desde aí, todos os smartphones têm chegado ao mercado com promessas de serem maiores, mais rápidos, etc… No fundo, querem ser melhores. Isto tem significado processadores baseados em processos de produção mais complexos, ecrãs maiores e mais brilhantes, mais quantidades de memória super rápida, e claro, módulos de câmaras com cada vez mais lentes, e tendo como base os sensores mais recentes e mais poderosos do mercado.
Em suma, de forma a conseguir ir encontro ao nível de exigência dos consumidores, as fabricantes têm sido obrigadas a investir mais em pesquisa e desenvolvimento, o que claro está, acaba por empurrar os preços para cima.
Ou seja, o problema aqui não está apenas na inflação.
Sim, o iPhone 6 de 2014, que na altura custava qualquer coisa como 599€, só com a inflação, chegaria aos 731€. Porém, isso não explica tudo. Temos também de olhar para o preço dos componentes internos do mercado atual.
Estamos a falar dos ecrãs OLED, do suporte ao 5G através dos mais recentes modems, do SoC que já ultrapassa os 200€ por unidade e deve encarecer ainda mais em 2024, bem como a memória RAM e Armazenamento Interno, que estão novamente a subir de preço de forma quase assustadora.
Alguém tem de pagar os aumentos de preço, e como deve imaginar, essa missão recai quase sempre para o consumidor. Ou seja… Você.
Entretanto, mesmo esquecendo os componentes e inflação, existe uma razão para o design base dos aparelhos das grandes marcas já não ser uma revolução ano após ano. O foco das fabricantes está agora nos detalhes. Está a ver aquela diminuição de meio mílimetro à volta do ecrã OLED do seu smartphone? Isso custou milhões à fabricante!
De quem é a culpa? Até onde irá o encarecimento? Bem, a inovação tem um preço, mas as nossa carteiras também têm um limite. Vamos descobrir esse limite na próxima geração de aparelhos que deverá começar a aparecer no final de 2024, e início de 2025.
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