Se formos olhar para o passado recente, o smartphone como aparelho computacional ainda é uma coisa mais ou menos recente e inovadora. Afinal de contas, temos um autêntico supercomputador, capaz de fazer tudo ou quase tudo, prontinho na palma da nossa mão ou a descansar no nosso bolso.
É exatamente por isso, que por vezes, quando estamos a reclamar de uma app a funcionar mal, ou de problemas no Wi-Fi, é boa ideia deixar cair a ficha e pensar… Estamos a viver uma era incrível!
Porém, este ritmo de evolução tem os dias contados, pelo menos da forma como as coisas têm sido feitas até aqui.
Smartphones: Evolução vai ficar mais lenta, ou será que não?
É inegável que o ritmo de inovação no mundo mobile vai ter eventualmente de acalmar.
Como deve imaginar, não é possível estar constantemente atrás de novos processos de produção de forma a dar origem a processadores cada vez mais pequenos, poderosos e eficientes.
Aliás, uma das principais razões pela qual o smartphone, como aparelho, está cada vez mais caro, é mesmo essa pressa (quase sempre inimiga da perfeição) de ir todos os anos atrás de mais e melhor. Curiosamente, é muito por aqui que a TSMC se tornou na gigante que é hoje, por ser a fabricante de semicondutores mais fiável e poderosa à face da terra.
Porém, é exatamente por isso que algumas fabricantes começaram a mudar a estratégia! Uma forma de pensar e fazer que vamos ver implementada de diferentes formas em 2024 e adiante. Aliás, as coisas já começaram a mudar neste final de 2023, como podemos ver pelo Pixel 8 e Pixel 8 Pro.
Curiosamente, é algo que deverá ter um impacto incrível não só no smartphone, no computador, mas também no lado das consolas.
Smartphones não podem continuar a evoluir a este ritmo! E agora?
Portanto, caso não saiba, a evolução no mundo dos smartphones tem andado quase sempre de mão dada com a evolução no lado da produção de chips. Ou seja, à medida que as grandes fabricantes de chips (TSMC, Samsung, etc…) lançam novos processos de produção, vemos as fabricantes de smartphones a lançar aparelhos cada vez mais leves, finos, mas ainda assim mais poderosos e eficientes.
É exatamente devido a esta retórica que a Apple apostou tudo o que tinha nos 3nm da TSMC! ao reservar a quase totalidade da força de produção de uma das maiores responsáveis pelo avanço tecnológico atual.
Uma aposta que como deve imaginar… Foi tudo menos barata.
A complexidade na produção, e procura cada vez maior pelo último grito tecnológico está a tornar produtos que antigamente eram acessíveis, em algo perto do luxo. Isto vai ter de mudar, caso o mundo tecnológica quiser continuar a evoluir rumo à massificação de tudo o que é novo e apetecível.
Os tempos estão a mudar! Curiosamente, a Apple e Google são um exemplo perfeito.
Hisoticamente, a Apple preferiu quase sempre hardware confiável, em vez de apostar no último grito tecnológico. Entretanto, no lado Android, a aposta sempre esteve nas especificações técnicas incríveis, mesmo que a experiência de utilização não fosse tão boa quanto a lista parecia indicar.
Pois bem, enquanto a Apple começou a ficar Android, o ecossistema rival ao iPhone começou a enredar por outros caminhos.
Um excelente exemplo disto mesmo é a grandes responsável pelo ecossistema Android, a Google, que lançou muito recentemente os seus novos Pixel 8. Smartphones que passam uma parte do seu poder de processamento para a nuvem.
Sim, a Google preferiu processadores menos evoluídos tecnologicamente, e por isso um pouco mais lentos (e baratos), para apostar mais na inteligência artificial. Como? Tudo consiste na passagem de parte do processamento para os seus servidores. Isto é algo que podemos ver perfeitamente no lado da captura de imagem dos novos Pixel 8, seja no processamento que cada imagem leva, ou na edição que é possível fazer através do Google Fotos.
Claro que ainda não é uma experiência perfeita, porque o utilizador tem de esperar algum tempo, e precisa de ter uma boa ligação à Internet. Mas, como já deve ter percebido pela nossa review ao Pixel 8 Pro, e reviews dos nossos colegas, isto pode ser o início de algo muito engraçado e curioso.
A corrida à performance pura e dura pode dar espaço à computação na cloud!
Em suma, porquê apostar em chips complexos? Por vezes com problemas de consumo de energia e sobreaquecimento (veja-se o iPhone 15 Pro), quando existem alternativas menos complexas e possivelmente até mais baratas. Isto já para não falar de um maior potencial de performance no dia-a-dia do utilizador.
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