Os smartphones dobráveis evoluíram a olhos vistos. Isto é inegável! Estão mais rápidos, mais resistentes, mais bem construídos e, por isso, muito mais apelativos em 2025 do que alguma vez foram.
Quem os via como uma extravagância ou uma curiosidade em 2020, hoje já olha com outros olhos. Afinal, agora são verdadeiros flagships, com processadores de topo, câmaras a sério e software mais otimizado.
Mas será que isto faz deles uma boa escolha para quem quer um telemóvel duradouro? A resposta fica um pouco mais complicada.
Estão melhores… mas ainda não estão ao nível dos outros!
Mesmo com todos os avanços, os dobráveis continuam a trazer algumas desvantagens óbvias quando comparados com modelos tradicionais. A começar pelo ecrã. O painel principal continua a ser feito de plástico, com todas as limitações que isso acarreta: mais propenso a riscos, mais sensível ao toque, e menos resistente no geral.
Vidro é vidro. Plástico é… plástico.
Sim, o vidro também parte, mas é obviamente muito mais resistente ao teste do tempo, sendo exatamente por isso que um ecrã dobrável começa a mostrar “danos” ao longo do uso.
Além disso, para tirar verdadeiro proveito do formato dobrável, o utilizador tem de estar constantemente a abrir e fechar o aparelho.
São dezenas de vezes por dia a puxar pela dobradiça. Centenas por semana. Milhares por mês. Sim, temos o ecrã exterior, mas para isso não iria querer um dobrável. Ter um smartphone dobrável significa abrir e fechar.
Dito isto, por muito robusto que uma fabricante diga que um smartphone é, ao fim de alguns anos o desgaste começa a notar-se. O fecho já não é tão firme. A dobra começa a marcar mais. O som da engrenagem já não é igual.
E o hardware?
Também há aqui um compromisso. Os dobráveis, por questão de espaço interno, muitas vezes não têm baterias tão grandes, nem conseguem manter o mesmo sistema de refrigeração de um smartphone tradicional. Há modelos que aquecem mais facilmente ou que têm menor autonomia, mesmo com preços a rondar (ou ultrapassar) os 2000€.
Sim, têm o fator “uau”. Têm ecrãs enormes que cabem no bolso, e há quem adore isso. Mas quem está a pensar em comprar um smartphone para durar 5, 6 ou mais anos, deve pensar duas vezes.
Vale a pena?
Se és daqueles que troca de smartphone a cada dois ou três anos, um dobrável pode muito bem ser a escolha ideal para ti. A tecnologia já amadureceu o suficiente para oferecer uma boa experiência, e há modelos bem mais polidos do que no passado.
Vais também ter sempre uma razão para quebrar gelo ou criar conversa.
Mas se estás a pensar fazer um investimento a longo prazo, tipo “quero um telemóvel que me dure meia década”, talvez este não seja o caminho mais seguro. A durabilidade continua a ser um ponto fraco. Além disso, o preço continua a ser um entrave sério.
Portanto, antes de te deixares levar pelo brilho de um ecrã dobrável, pensa no que realmente procuras num smartphone. Estilo ou longevidade?