É inegável que a aposta 100% elétrica não está a correr como muitas marcas esperavam. Os condutores continuam de pé atrás, e apesar de alguma adoção, e de uma melhoria substancial em todas as partes que dão vida a um carro elétrico, a realidade é que ainda não estamos a um ponto propício para dar um salto mais a sério.
Os preços são altos, a autonomia ainda não convence, e os carregamentos são uma dor de cabeça. Por isso, estamos a ver algumas fabricantes a mudar de estratégia. Curiosamente, até algumas que prometeram ser 100% elétricas dali para a frente.
SMART quer fugir ao 100% elétrico!? É um sinal dos tempos!
Portanto, a promessa era clara! A Smart ia ser elétrica a 100%, ao ser a alternativa inteligente para todo o tipo de condutor.
Mas parece que até os compromissos mais ecológicos têm os seus limites, e a própria marca já começou a recuar. Ou melhor, a adaptar-se. A mudança começa na China, onde já estão a ser preparadas duas versões híbridas plug-in do novo Smart #5.
É isso mesmo. A marca que nasceu para reinventar a mobilidade urbana com zero emissões vai lançar, no último trimestre de 2025, dois modelos com motor térmico: o Smart #5 Premium+ EHD e o Smart #5 Premium+ MAX EHD.
A revelação veio através do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China (MIIT), que divulgou os dados técnicos destas novas variantes. E não é um leak… É mesmo oficial.
O que muda com estes novos Smart híbridos?
Muda muita coisa. A começar pelo próprio ADN da marca.
Desde que mudou de estratégia, a Smart sempre se posicionou como 100% elétrica, num compromisso com a mobilidade urbana limpa e sustentável.
Segundo a marca, esta aposta pretende alargar o portefólio na China, e por enquanto apenas na China. Visto este ser um mercado que continua a crescer a um ritmo alucinante e onde as infraestruturas de carregamento ainda estão longe da perfeição em algumas regiões.
Os híbridos acabam por ser uma resposta prática à realidade do terreno, mesmo que à custa da coerência estratégica.
A Smart está a recuar nos seus princípios?
A marca diz que não. Aliás, reforça que continua comprometida com a mobilidade sustentável e com o desenvolvimento tecnológico. O novo sistema híbrido, batizado de EHD (Condução Híbrida Elétrica), promete eficiência térmica de topo, melhor gestão de ruído e vibrações, e claro, um comportamento dinâmico à altura do nome Smart.
No entanto, é impossível ignorar que este é o primeiro passo real no abandono da filosofia 100% elétrica. Mesmo que para já esteja limitado à China, a verdade é que a porta está aberta.
E na Europa?
Para já, a Smart garante que não há planos para lançar estas versões fora da China continental. Mas também não os exclui. Traduzindo: se fizer sentido, vêm aí também para a Europa.
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