Samsung recusa fornecer RAM… à própria Samsung. Giro!

A Samsung está a viver um daqueles momentos que parecem saídos de uma novela tecnológica. A divisão de semicondutores não quer fornecer RAM à divisão Mobile. Ou seja, a Samsung está a negar componentes à própria Samsung.

É que apesar de tudo ser Samsung, também existe um certo nível de independência em cada departamento. Por isso, porque a prioridade agora é maximizar lucro enquanto os preços da memória continuam a disparar, o pedido foi recusado.

Pode soar absurdo, mas faz todo o sentido quando olhamos para o mercado. Mas… o impacto disto pode cair diretamente no bolso de quem está à espera do Galaxy S26.

A RAM está a ficar cara. Muito cara.

Samsung, galaxy

A memória LPDDR5X de 12 GB custava 33 dólares no início do ano. Em novembro está a 70 dólares. Mais do dobro. Para uma empresa que vive de margens e volumes gigantes, este aumento muda tudo e mais alguma coisa.

Dito isto, a divisão de semicondutores (DS) quer aproveitar a escassez global para faturar o máximo possível. Isso significa fechar contratos mais curtos, renegociar preços a cada trimestre e recusar acordos longos de fornecimento, mesmo quando o pedido vem… de dentro de casa.

A divisão mobile pediu RAM para mais de um ano. Resultado? Ahahahah… Não.

A divisão Mobile Experience tentou garantir stock de DRAM por mais de 12 meses para assegurar a produção dos próximos Galaxy. A resposta da divisão DS foi simples: não.

Em vez de um contrato anual, a divisão de smartphones vai ter de renegociar a cada três meses. Algo que só foi possível depois de intervenções diretas de executivos de topo, porque a DS está focada em vender para quem pagar mais, mesmo que seja um concorrente externo.

E o Galaxy S26? É aqui que tudo fica interessante.

Com RAM mais cara e contratos incertos, o Galaxy S26, previsto para fevereiro de 2026, arrisca um aumento de preço. Não é garantido, mas é muito provável.

Eu não acredito que seja um grande aumento, e também acredito que a versão Ultra vai aparecer a 1499€ como tem sido habitual. Isto porque, o iPhone 17 Pro Max está a 1499€, e como tal, o próximo Galaxy não pode chegar mais caro. Seria um tiro no pé. Aliás, acredito que a Samsung vai baixar margens para não cometer este erro.

Mas… No meio do caos, ficar a perceber como tudo funciona é de facto muito giro. “Cash is King”, já dizia o outro.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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