A Samsung está a produzir em massa um dos avanços mais interessantes da fotografia mobile: sensores de câmara com zoom contínuo verdadeiro. Mas há um detalhe curioso: esta tecnologia não vai estrear-se num Galaxy. Pelo contrário, os primeiros a recebê-la são os rivais chineses.
O que é afinal o zoom contínuo?
Hoje em dia, quase todos os smartphones usam lentes telefoto com zoom fixo, normalmente 3x ou 5x. Agora até temos algumas lentes capazes de ir aos 8x ou 10x.
O problema é que, se quiseres fotografar a meio caminho, por exemplo a 4x, o smartphone recorre ao zoom digital. Basicamente corta a imagem e amplia, o que resulta numa perda clara de qualidade, mesmo que se usem algoritmos de correção.
Ou seja, o zoom contínuo muda o jogo! Os componentes internos da lente movem-se para oferecer zoom ótico em toda a faixa (digamos de 3x a 8x), mantendo a nitidez total em qualquer ponto.
Nada de compromissos, nem de adivinhas fruto do uso de IA.
Porque não dentro de um Galaxy?
Esta tecnologia foi desenvolvida pela Samsung Electro-Mechanics a pedido de várias fabricantes chinesas. Estas marcas estão dispostas a arriscar para se destacarem num mercado feroz, apostando em inovações que ainda não foram testadas em larga escala.
A Samsung, pelo contrário, prefere ser cautelosa.
Historicamente, a marca só integra novas soluções nos Galaxy quando sente que já estão otimizadas e livres de riscos de falha. Na prática, os rivais servem de campo de testes para que a Samsung refine a tecnologia antes de a trazer para os seus topos de gama.
O lado frustrante para os fãs Galaxy
Para quem segue a Samsung de perto, isto sabe a pouco. Afinal, é estranho ver a marca que fabrica a inovação entregá-la primeiro a outros. Dá a sensação de que quem investe num Galaxy está sempre a meio passo atrás daquilo que a própria Samsung já é capaz de produzir.
Será que os Galaxy S26 vão voltar a desiludir em fotografia enquanto os rivais chineses mostram ao mundo do que a tecnologia coreana é capaz? É provável.
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