Isto talvez não seja um problema para a grande maioria das pessoas que usam um único relógio durante uma série de anos. Mas, em pleno 2025, continuamos a viver num cenário ridículo no mundo dos smartwatches… Cada marca tem o seu sistema de carregamento e, pior ainda, cada modelo novo pode inutilizar o carregador anterior.
Por exemplo, apesar do facto de todos os relógios da Samsung, Huawei e Apple carregarem sem fios, é impossível usar o mesmo carregador para encher a bateria dos 3 dispositivos. É uma loucura. Especialmente quando temos em conta como funciona o mundo dos smartphones nos dias que correm.
Aliás, o novo Pixel Watch 4, que pode muito bem vir a ser um dos melhores relógios inteligentes do mercado, é só mais um exemplo do circo que já dura há demasiado tempo no mundo mobile.
Mais um modelo, mais um carregador?
A Google decidiu finalmente acabar com os pinos magnéticos irritantes do Pixel Watch. Boa decisão? Sim. Sem dúvida.
Mas em vez de aproveitar e dar o salto para o carregamento sem fios verdadeiro, como muitos esperavam, e faria todo o sentido, criou mais um tipo de carregador proprietário, agora com um sistema lateral que obriga a colocar o relógio de lado, numa base nova.
Ou seja, nada de usar carregadores antigos, e também nada de usar um carregador sem fios comum. Tens um carregador do Pixel Watch, de qualquer versão? Esquece. Compraste um extra? Azar. Tudo para o lixo.
Estranho, visto que os novos Pixel 10, os smartphones topo de gama da Google, já apostam no Qi2.
Um problema comum a todas as marcas
Mas não é só a Google. A Apple também tem o seu MagSafe exclusivo para o Apple Watch. A Samsung usa o seu sistema próprio. A Huawei, a Xiaomi… todos inventam uma forma diferente de carregar um simples relógio.
Resultado? O mercado está completamente fragmentado. Tens mais de um smartwatch de marcas diferentes? Boa sorte a andar com três cabos diferentes para as férias. Isto para um dispositivo que devia ser o mais portátil e simples possível.
E o carregamento universal?
O ideal era simples: um carregador universal, compatível com todos os modelos, ou pelo menos, um padrão Qi adaptado aos wearables. Já há tecnologia para isso. Falta só vontade das marcas.