Há alguns meses atrás, como seria de esperar, a REDMAGIC voltou à carga no segmento dos smartphones gaming, mas desta vez decidiu seguir um caminho diferente.
Ou seja, depois dos super poderosos 9 Pro e 10 Pro, o novo REDMAGIC 10 Air aposta na subtileza. Mais concretamente, no design fino e em algumas cedências para conquistar quem quer potência, mas ainda assim, nem a necessidade de carregar um “monstro” gaming no bolso.
Além de tudo isto, a marca decidiu também apostar no preço. Algo onde foi sempre muito boa, mas aqui decidiu caprichar.
Design mais discreto!
A primeira grande diferença está no corpo! Este modelo é bem mais fino que os anteriores, e até passa uma “vibe” de Galaxy S25 Ultra.
Para isso, a marca abriu mão do famoso sistema de refrigeração ativa com turbina, substituído por uma solução passiva mais tradicional. Ainda bem que assim foi! Porque na prática, o 10 Air mantém-se fresco o suficiente em jogos, e nas tarefas mais mundanas do dia-a-dia. Isto sem o aspeto agressivo das ventoinhas e luzes RGB espalhadas pelo chassis.
Outra mudança é o fim do slider dedicado ao modo de jogo, agora substituído pelo chamado Magic Button, um botão multifunções que pode ativar o modo gaming ou outras ações configuráveis. Uma boa notícia porque é mais flexível e confirma que este modelo não quer ser visto apenas como “gaming phone”.
Temos de dizer que no geral, o visual também mudou. Ou seja, em vez das linhas carregadas de LEDs, temos uma traseira sóbria, com apenas um toque RGB integrado no flash da câmara. Que, curiosamente pode servir como alerta de notificações, um “throwback” interessante.
Por sua vez, a frente continua a impressionar: um ecrã AMOLED de 6.8” sem notch ou punch-hole, graças à câmara debaixo do painel, garantindo imersão total em jogos e multimédia. (Mas… Isto traz um problema para as selfies. Já lá vamos.)
Hardware e desempenho
No coração está o Snapdragon 8 Gen 3, acompanhado pelo chip auxiliar RedCore R3, responsável por otimizar gráficos, áudio e gestão térmica. Isto significa o quê? Ao contrário de todos os outros REDMAGIC, este smartphone não quer ser o melhor do mercado.
Mas… Corre tudo no máximo na mesma. Aliás, há versões com 12/256 GB ou 16/512 GB, sempre com RAM LPDDR5X e armazenamento UFS 4.0. É uma máquina! Sendo também um smartphone que pouco ou nada aquece.
Até na bateria temos um outro trunfo: 6.000 mAh com carregamento rápido de 80W. É um smartphone para dois dias de uso normal, sem grandes dramas.
O ecrã, para além da resolução 1,5K e 1600 nits de brilho, oferece 2000 Hz de touch sampling e 960 Hz médios de resposta ao toque, ideal para shooters e jogos rápidos.
Vale a pena dizer que os air triggers laterais continuam presentes e funcionam como gatilhos físicos, trazendo a experiência dos comandos para o telemóvel.
Experiência de jogo
O segredo está no Game Space, a interface gaming da REDMAGIC. Aqui é possível organizar jogos, definir perfis de performance (até 120 FPS em títulos como Call of Duty Mobile), configurar os gatilhos e até personalizar o desempenho gráfico através da Energy Cube.
Na prática, os jogos correm fluidos, sem quebras ou stutters. O 10 Air pode não ter a ventoinha dos modelos Pro, mas mantém uma performance consistente e de topo.
Software e extras
Corre Android 15 com a interface REDMAGIC 10.0, bastante próxima do “stock Android”, mas com adições úteis como a Smart Sidebar, traduções em tempo real e otimização de rede. A marca promete 3 anos de atualizações de sistema e 5 de segurança, ficando atrás de Samsung e Google, mas ainda assim aceitável.
Porém, há problemas nas traduções de algumas funcionalidades. Algo que a REDMAGIC teima em corrigir ao longo dos anos.
Som
O som é outro ponto forte: colunas estéreo com certificação DTS-X Ultra e afinação Snapdragon Sound. Falta, no entanto, a entrada de 3.5 mm, o que pode desagradar aos gamers competitivos que preferem headsets com fio para zero latência.
Câmara: É o elo mais fraco. Quer dizer adeus?
Aqui não há milagres. A câmara principal de 50 MP (com OIS) e a ultrawide de 50 MP são competentes em boa luz, mas sofrem quando cai a noite ou quando se força o zoom.
Isto sem falar das selfies, que claro está, com o sensor escondido debaixo do ecrã, significa que vamos ter menos luz a entrar na lente… O que resulta quase sempre em imagens… Francamente más.
Como seria de imaginar, e sempre foi o caso com a REDMAGIC, para quem prioriza fotografia, este não é o smartphone ideal. Mas isto não é novidade. É de esperar. A ideia aqui é ter performance, deixando a câmara de lado. Especialmente neste “Air” que tenta ser mais barato sem trazer grandes compromissos para o campo da performance.
Exemplos:
Conclusão
O REDMAGIC 10 Air é a tentativa da marca de agradar a um público mais vasto: quem quer a potência de um gaming phone, mas num formato mais discreto e prático. Perde a refrigeração ativa, o aspeto “gamer RGB” e alguns extras como saída de vídeo, mas mantém potência de topo, grande autonomia e fluidez nos jogos.
Assim, se queres um smartphone potente, diferente e menos chamativo, o 10 Air acerta em cheio. Mas… Esquece as fotos! Tanto atrás como à frente.
Preço? À volta dos 400~500€.
Precisamos dos nossos leitores. Segue a Leak no Google Notícias e no MSN Portugal. Temos uma nova comunidade no WhatsApp à tua espera. Podes também receber as notícias do teu e-mail. Carrega aqui para te registares É grátis!