Caminhamos a passos largos para a chegada dos primeiros dispositivos 5G ao mercado. Isto significa que os fabricantes de smartphones estão já a preparar todos os aspectos relacionados com este lançamento. No entanto existe um fator curioso a salientar.
Nós últimos anos assistimos a uma melhoria de diversos componentes. Como as câmaras, processadores, ecrãs e sobretudo a alterações muito interessantes ao nível do design. Agora tudo pode mudar e até mesmo para pior devido à entrada em cena do 5G.
A rede 5G precisa de um espectro de frequências mais altas! Que possibilitam as velocidades multi-gigabit que algumas operadores já começaram a publicitar. O problema é que ondas de rádio de alta frequência não têm o mesmo alcance que as ondas de média ou baixa frequência. E além disso, também não são muito boas a penetrar objectos.
Porque é que isto é importante para o design de um telemóvel?
Pois bem, se a nossa mão estiver em cima da antena, então a nossa conexão vai perder qualidade. No mínimo, isto quererá dizer que os fabricantes vão ter de incluir mais que uma antena, um pouco como os routers mais modernos.
O que pode mudar o tipo de materiais usados, bem como o seu formato ou mais importante que isso… O seu tamanho!
As traseiras de metal devem desaparecer completamente! Aliás, até os designs com este material nos lados dos aparelhos podem desaparecer.
O regresso da Antena!
Nos primeiros telemóveis 5G, podemos mesmo ver o regresso da velhinha antena! Que antigamente era um marco nos telemóveis que pareciam um tijolo nas nossas mãos. Saudades de esticar a antena do vosso telemóvel?
Por exemplo, a Motorola revelou há pouco tempo, o Moto 5G Mod, que tem uma antena com um tamanho significativo, a fazer lembrar os anos 2000.
Estas limitações no design dos telemóveis 5G pode muito bem atrasar a propagação desta rede. Pois nem todos os utilizadores vão querer trocar o seu aparelho super fino, super pequeno e super leve, por um calmeirão com uma antena. Além desta limitação, as operadoras vão ter de construir centenas de pequenas antenas distribuidoras de sinal por todas as cidades e terrinhas por esse mundo fora.
Por isso, enquanto este trabalho decorre… É provável que os fabricantes de smartphones optem por não tornar os seus topo de gama mais feios e mais caros. Para incluir uma tecnologia que a maioria dos utilizadores nem sequer vão ter possibilidade de usufruir.
A Apple, em particular, nunca teve grande pressa de incluir as mais recentes tecnologias de conetividade móvel nos iPhones, especialmente quando pode vir a prejudicar o design.
De facto a implementação do 5G não vai ser uma questão simples, especialmente num país como Portugal onde ainda continuam a existir problemas com o 4G perto de grandes centros urbanos.
A título de exemplo uma das antenas da NOS que serve a Costa da Caparica está permanentemente congestionada o que nos picos nem permite velocidades de acesso à Internet de 1 mbit. Facto que nos foi confirmado pelo apoio técnico da operadora aquando de uns testes que efetuámos no dia 2 de Junho, sendo que não existe previsão para o “upgrade”.
Ora se ainda temos este panorama com o 4G, como será com o 5G?
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