Quando se fala em realidade virtual (RV), as pessoas pensam no aumento relativamente recente da popularidade dos jogos de realidade virtual e até em redes sociais que nos querem levar para o metaverso. No entanto há muito mais coisas a que pode levar a realidade virtual. Por exemplo, os investigadores estão a utilizar a realidade virtual para melhorar o tratamento do cancro.
Realidade Virtual pode fazer milagres na cura do cancro
A Realidade Virtual é muito apelativa para as pessoas que querem jogar. Mas há muito mais para além disto, já que é profundamente imersiva e permite aos utilizadores visualizar objetos em 3D. Além disso, também é possÃvel deslocar-se no espaço de realidade virtual pelo que é possÃvel ver um objeto de vários ângulos.
As leis reais da fÃsica também não se aplicam, pelo que pode definir as regras do universo da RV de acordo com as suas necessidades. Do ponto de vista de um arquiteto, isto pode significar que está a apresentar uma vista pequena mas detalhada de uma casa aos seus clientes, que lhes permitirá ver tudo de uma só vez. Com o premir de um botão, esse modelo pode tornar-se em tamanho real e os clientes podem passear por uma casa que ainda não foi construÃda. São também estas propriedades que fazem da RV um potencial fator de mudança no mundo da medicina, e não apenas como forma de distrair os doentes das suas dores.
Os médicos podem ver os tumores de forma diferente
Os tumores são crescimentos altamente complexos, o que torna a cirurgia do cancro tão difÃcil. No entanto, com a RV, os médicos poderão explorar versões digitais do tumor de um paciente. Isto em vez de se basearem num gráfico ou numa radiografia da doença. É muito mais fácil reparar nas diferenças, nas caracterÃsticas e nas particularidades quando se está dentro de uma coisa do que quando se olha para uma folha de cálculo ou uma fotografia.
Assim os tumores são apresentados como uma “matriz colorida de pontos” no programa de RV. Existem diferentes tipos de células cancerÃgenas, e as cores individuais permitem aos médicos diferenciá-las de outros tipos de tecido presentes na área. Como os médicos terão uma nova perspetiva e a capacidade de interagir com o modelo, poderão ser capazes de fazer diagnósticos mais precisos e recomendar um melhor curso de tratamento do que com os métodos padrão. O financiamento desta novidade está a chegar através de duas importantes instituições de caridade contra o cancro. São elas a Cancer Research U.K. e o National Cancer Institute dos Estados Unidos, através da sua plataforma de financiamento conjunto Cancer Grand Challenges.