Pensavas que a crise ia complicar a vida a este mercado? Pois, o mundo das consolas portáteis Android está longe de estar parado. Muito pelo contrário. Quase todas as semanas aparece mais uma marca a prometer muito desempenho a um preço mais simpático.
E, ao que tudo indica, a próxima a entrar em cena é a Mangmi Pocket Max, uma consola que começa agora a ganhar forma… e atenção.
Uma consola portátil Android pensada para não rebentar a carteira

A Mangmi ainda não revelou o preço oficial da Pocket Max, mas o posicionamento parece claro. Estamos a falar de uma consola Android com 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento na versão base, o que aponta para um valor algures entre os 200 euros, talvez um pouco mais.
Ou seja, não é barata ao ponto de ser descartável, mas também não entra no território premium onde já vivem várias concorrentes.
Ecrã OLED de 7 polegadas num segmento onde isso ainda não é regra, e costuma ser desculpa para pedir muito dinheiro.
Um dos pontos mais interessantes da Pocket Max está logo no ecrã.
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A consola vem equipada com um painel OLED de 7 polegadas, algo que não é assim tão comum neste segmento de preço. Aliás, a Mangmi fala ainda num ecrã com taxa de atualização de 144Hz e suporte HDR.
Na prática, poucos jogos Android vão tirar partido dos 144Hz, mas mesmo assim é um extra interessante. O HDR também deve ajudar a dar mais vida a certos títulos, especialmente em jogos com gráficos mais coloridos.
Snapdragon antigo, mas com vida!
No coração da Pocket Max está o SoC Qualcomm Snapdragon 865, acompanhado pelo GPU Adreno 650.
Não é um chip topo de gama em 2025. Nem perto disso. Mas também não é um desastre.
Assim, por ser um SoC mais antigo, oferece compatibilidade com uma biblioteca enorme de jogos Android e emulação. O desempenho é suficiente para a maioria dos títulos populares, e o custo mais baixo deste chip ajuda a manter o preço final sob controlo.
Aqui, a Mangmi parece ter feito uma escolha consciente. Menos números para marketing, mais equilíbrio para o mundo real.
Três cores e um toque retro pelo meio
A Mangmi já confirmou que a Pocket Max vai chegar em três cores diferentes. Preto, branco e uma versão Retro GB, claramente inspirada nas consolas portáteis clássicas.
A marca mostrou estas opções nas redes sociais e até perguntou aos seguidores qual a preferida. Um detalhe simples, mas que mostra alguma preocupação em criar identidade, mesmo num produto acessível.
Uma “beast” barata? Calma.
Chamar-lhe já um “beast” talvez seja esticar um pouco a corda. Mas a Mangmi Pocket Max está claramente a tentar encontrar um ponto interessante entre preço, ecrã de qualidade e desempenho aceitável.
É uma consola que joga tudo dentro do ecossistema Android, e ainda faz um brilharete no lado da emulação até pelo menos à PlayStation 2.
Por isso, se o valor final for competitivo e a execução não falhar, pode muito bem tornar-se uma daquelas consolas Android que fazem sentido para quem quer jogar sem gastar uma fortuna.

