Quanto vale um cabo de carregador rápido? O caso de Fátima!

Na madrugada de hoje, o Supercharger da Tesla em Fátima foi vandalizado. Mais ou menos, vandalizado não é a palavra correta, porque os cabos não foram cortados apenas e só pelo “gozo” de cortar cabos e dificultar a vida das outras pessoas.

Todos os cabos dos stalls V2 e V4 foram cortados e levados, porque estes valem dinheiro!

Infelizmente, este não é um caso isolado. Ou seja, em várias zonas do país já se registaram situações semelhantes, e isto é algo cada vez mais comum em Portugal. Mas… porquê!?

Porque é que roubam cabos de carregadores?

A resposta é mesmo muito simples! É pelo cobre.

Ou seja, estes cabos têm vários quilos de cobre no seu interior, um metal com valor no mercado paralelo e fácil de escoar em sucateiros. Especialmente nos pouco escrupulosos. No fundo, é a mesma estratégia dos catalisadores. O produto é roubado para tentar retirar o seu interior.

Dito tudo isto, quanto vale um cabo destes no mercado paralelo? Depende sempre de muita coisa. Mas segundo relatos, pode render até 45€, especialmente estes grossos de carregadores ultra-rápidos.

Assim, falamos de mais de 250 euros numa só noite.

Quanto custa um cabo destes no mercado legítimo?

Isto é que é triste. Enquanto para sucata o valor ronda as dezenas de euros, para substituir o cabo num Supercharger ou num posto de carregamento rápido o custo dispara.

  • Um cabo CCS2 de carregamento rápido pode facilmente custar entre 600€ e 1000€ por unidade, dependendo da marca e do fornecedor.
  • Em cabos ainda mais potentes, usados em supercarregadores como os da Tesla (com capacidade até 250 kW), o valor pode ultrapassar os 1500€ cada.

Ou seja, o que dá umas notas rápidas aos ladrões custa milhares de euros às operadoras e atrasa utilizadores que dependem da infraestrutura para carregar os carros.

Como se combate isto?

Há várias ideias em cima da mesa:

  • Recolher o cabo automaticamente. 
  • Alarmes sonoros e ligação direta à polícia.
  • Fiscalização mais apertada nos sucateiros, já que só há roubo porque há quem compre.

Conclusão

O caso de Fátima mostra bem o absurdo desta situação! Quem rouba arrisca-se por umas dezenas de euros, mas deixa prejuízos de milhares e prejudica toda uma comunidade de condutores.

Infelizmente, a infraestrutura pública, que devia estar a crescer e a ganhar fiabilidade, acaba vulnerável a algo tão banal como o roubo de cabos.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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