Proteger a pele do sol é essencial, especialmente nos meses de verão. Mas quando se trata de escolher entre protetor solar em creme ou spray, será que existe uma opção claramente melhor? Embora os sprays possam parecer mais práticos e rápidos de aplicar, especialistas alertam que essa escolha pode não ser tão eficaz quanto parece.
Protetor solar: é melhor usar em creme ou em spray?
A conveniência do spray pode sair cara
Os protetores solares em spray têm um problema fundamental: torna-se difícil garantir que se está a aplicar a quantidade certa. Embora todos os protetores passem por testes para garantir o seu FPS (Fator de Proteção Solar), esses valores só são válidos se o produto for usado corretamente. Ou seja, na quantidade ideal e de forma uniforme.
E é aqui que surgem as falhas do spray. Quando aplicamos um creme, temos uma perceção mais clara da quantidade que estamos a espalhar. Já com o spray, essa perceção é reduzida. Muitas pessoas aplicam menos do que o necessário, o que significa que não estão a receber a proteção indicada no rótulo.
Estudos confirmam a diferença na proteção
Um estudo da Universidade do Colorado (2019) mostrou que, quando se aplica spray no antebraço, só cerca de 60% da quantidade recomendada se utiliza. E em ambientes com vento, a situação piora. Assim um estudo australiano revelou que até 93% do produto pode-se desperdiçar ao se pulverizar ao ar livre.
Além disso, muitos consumidores aplicam o spray na mão antes de espalhar — mas mesmo assim, a proteção pode ser reduzida, pois o líquido contém propulsores (gás que ajuda a expelir o produto) que diluem a fórmula. Resultado: usa-se menos protetor real do que se pensa.
Creme: mais fiável, mesmo que menos prático
Apesar de ser mais demorado de aplicar, o protetor solar em creme garante uma cobertura mais uniforme e controlada. Seguindo a regra dos dois dedos, aplicar uma faixa de creme equivalente a dois dedos para cada zona do corpo, é possível assegurar que se atinge a dose correta: dois miligramas por centímetro quadrado de pele.
Além disso, o creme tende a ser mais resistente a fatores externos como o vento e, por norma, não se desperdiça tanto produto.
Conclusão: o creme continua a ser a melhor aposta
Embora o protetor solar em spray possa ser uma opção cómoda, especialmente para crianças ou zonas difíceis de alcançar, o creme é a opção mais fiável quando se quer garantir a proteção anunciada no rótulo. A aplicação correta em quantidade suficiente e reaplicada de duas em duas horas é o que realmente protege a pele dos danos causados pela radiação solar.
Se valoriza segurança e eficácia, o creme é claramente a escolha mais segura. Já o spray pode ser útil em situações pontuais, mas não deve ser a única forma de proteção solar no seu dia a dia.