Mudar de casa devia ser o início de uma nova fase. Mas para mim… foi também o início de uma coleção de tralha. De repente, parecia que tudo o que aparecia num anúncio era “essencial”. E entre o entusiasmo de decorar e o medo de “faltar alguma coisa”, acabei a comprar coisas que nunca usei e que me fizeram perder dinheiro e espaço.
Os produtos inúteis que comprei quando mudei de casa
Se estás a pensar mudar de casa ou se já mudaste, partilho contigo esta lista de erros para evitares cair nas mesmas armadilhas. (E acredita… aprendi da pior forma.)
Moedor elétrico de sal e pimenta
Parecia sofisticado. Até o anúncio dizia: “Dê um toque gourmet à sua cozinha!” Mas na prática? Demorava mais a moer do que um moedor manual, engasgava com grãos maiores e ainda comia pilhas como se fossem amêndoas. Hoje está guardado no fundo de uma gaveta. Ao lado de outro erro.
Conjunto de pratos de “ocasiões especiais”
Sabes aqueles pratos lindos, brancos com rebordo dourado, que só se usam no Natal?
Comprei logo um serviço completo para 12 pessoas. Sem sequer ter mesa para 12. Passaram-se dois Natais. Sabes quantas vezes os usei? Zero.
Robot de limpeza “inteligente” (mas burro)
Era o sonho: carregar num botão e ter o chão limpo todos os dias. Na realidade, passava o tempo a empancar nos tapetes ou a tentar subir para cima das cadeiras. O barulho parecia um avião a descolar. E a bateria durava menos do que a paciência que eu tinha para o ver a dar voltas no mesmo sítio.
Mesa de centro com frigorífico embutido
Vi no TikTok. Achei que era o futuro. “Imagina ver séries no sofá e ter bebidas geladas a 30 cm de distância!” A verdade? Faz barulho. Gasta luz. E qualquer mini-bar faz o mesmo com mais espaço e menos hype.
Doseador automático de sabonete
Parece incrível: aproximares a mão e o sabão cair sozinho. Só que ficava entupido. E era uma missão trocar as pilhas. Ao fim de um mês, voltei ao bom e velho sabonete normal de supermercado.
O que aprendi (e o que recomendo)
Durante aquela fase, percebi que existe uma armadilha emocional quando se muda de casa:
Achamos que mudar de espaço é mudar de identidade. E começamos a comprar coisas para “parecer adultos”, “ter uma casa perfeita” ou “mostrar que somos organizados”. Mas a verdade é que muitos destes produtos são criativos, sim… mas inúteis. E ocupam espaço precioso em casas pequenas como a minha.
Hoje, antes de comprar algo, faço três perguntas:
- Vou usar isto mais de 1 vez por semana?
- Se amanhã desaparecer, vou mesmo sentir falta?
- É prático ou só é bonito no Instagram?
Assim a mudança de casa devia ser sinónimo de simplificar. Mas para mim, quase se tornou o oposto: uma corrida às compras sem sentido. Se estás nesta fase, o meu conselho é: pensa bem. Gastar menos e comprar menos pode ser o melhor presente que dás à tua nova casa.
E lembra-te: uma casa feliz não precisa de gadgets caros. Assim só precisa de coisas que realmente usas.
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