Como já deve ter percebido, o mundo da computação tem evoluído, mas não ao mesmo ritmo do passado. Os saltos evolutivos são cada vez mais raros, com o foco a estar cada vez mais na eficiência energética em vez de na performance pura e dura.
O que muito se deve ao facto de ser cada vez mais complexo (e caro) miniaturizar o transístor, e de claro, existir um limite físico para aquilo que se pode fazer com a tecnologia atual. Por isso, para tentar dar a volta à situação, as fabricantes de chips estão a tentar sair um pouco fora da caixa, ao experimentar materiais bastante diferentes do habitual.
Processadores podem voltar a dar um salto! Saiba como!
Portanto, o maior inimigo da tecnologia costuma ser o calor! Porque não só afeta a performance, como também o consumo de um chip. Aliás, o calor irradiado por um chip costuma também afetar a performance dos componentes à volta. (Isto é especialmente verdade em aparelhos como o smartphone, o tablet, ou portáteis compactos.)
Dito isto, caso não saiba, os atuais processadores a sairem das linhas de produção são alguns dos chips mais quentes alguma vez produzidos.
Aliás, muitos dos processadores que equipam os nossos aparelhos computacionais, seja o smartphone, o portátil, ou até o nosso PC Desktop, têm um potencial de performance muito superior ao que podemos ver no dia-a-dia, estão é a ser limitados para não parecerem a Torcha-Humana dos X-Men.
Assim, numa altura em que é preciso manter tudo fino e bonitinho, as fabricantes de chips estão a fazer o tudo por tudo para limitar o sobreaquecimento dos seus produtos. Desta forma é mais fácil atingir novos níveis de performance, sem afetar o desempenho de todos os componentes à volta. Como? Novos materiais!
Um excelente exemplo disto mesmo é a criação de diamantes sintéticos, que estão cada vez mais baratos de produzir, e claro, são incríveis condutores de calor. Qual é o resultado final? É possível duplicar a frequência de relógio de qualquer tipo de chip, sem aumentar a sua temperatura de operação.
Aliás, uma equipa de cientistas foi capaz de triplicar a frequência de uma placa gráfica NVIDIA! Sem desvantagens no campo do aquecimento e/ou consumo de energia.
Curiosamente, este não é o único “novo” material a ser investigado no mundo da computação. Aliás, a própria Intel anda a brincar com materiais como o vidro! De forma a melhorar a performance dos seus produtos, ou até desbloquear outro tipo de uso. (O vidro tem excelentes propriedades térmicas, físicas e óticas. O que por sua vez tem o potencial de melhoria da comunicação entre componentes, ou aumento da densidade de um chip até 10x.)
Em suma, pensava que a evolução tinha chegado ao fim? Esqueça isso!