O mercado dos computadores pessoais entrou oficialmente em modo crise. Vamos sofrer a bom sofrer, e não vai ser coisas de semanas ou meses. Vão ser anos!
Mais concretamente, depois de todos os avisos, a Dell prepara-se para aumentar os preços dos seus PCs entre 15 e 20% já a meio de dezembro, empurrada por algo que todos sentimos no bolso. Por sua vez, a Lenovo fará o mesmo logo no início de 2026.
Isto é só o início. Vamos ter aumentos em tudo.
A culpa é da memória. E da IA

Como estamos fartos de dizer, a procura de memória excede, e muito, a oferta que existe no mercado. Além disso, as empresas de IA não têm qualquer problema em pagar mais para ter acesso ao stock existente.
Isto significa que os preços podem subir, porque existe sempre alguém disposto a pagar.
Aliás, já existem fabricantes a deixar o mercado de consumo de lado, para vender só e apenas para o lado da IA. É um pesadelo, e é um pesadelo que está para durar, porque aumentar a produção não acontece de um momento para o outro. Até porque as fabricantes não têm grande interesse em aumentar. É muito melhor manter esta situação de procura alta e oferta baixa, porque as margens ficam muito mais altas.
Lenovo avisa. Compras já, ou pagas mais depois
A Lenovo já começou a notificar os seus clientes de que todos os orçamentos expiram a 1 de janeiro. Depois disso, preparem-se para preços mais altos. A marca aconselha mesmo a fazer encomendas o quanto antes, porque o próximo aumento está a semanas de distância.
Outros gigantes, como HP, Samsung e LG, também estão a rever os seus planos para 2026, sobretudo no segmento dos PCs com inteligência artificial. Mesmo a HP admite que pode ter de subir preços novamente no segundo semestre do próximo ano, já que a memória representa 15 a 18% do custo total de um PC.
