Tudo preparado para um fim de semana fora. As malas já estão no carro, o depósito está cheio e a viagem promete ser tranquila. Mas, assim que tenta ligar o carro, ouve apenas uma sequência de cliques rápidos. Nada de motor a trabalhar. Nessa altura, o primeiro pensamento é sempre o mesmo: o carro precisa de uma nova bateria?
O seu carro precisa de uma nova bateria ou só de um empurrão?
A resposta pode não ser tão simples. Às vezes, o problema resolve-se com um simples empurrão elétrico. Outras vezes, é o fim da linha para a bateria. Antes de tomar qualquer decisão, é importante considerar um fator-chave: a idade da bateria. A vida útil de uma bateria ronda os três a cinco anos. No entanto, mesmo baterias mais recentes podem falhar de um dia para o outro sobretudo se houver algo a consumir energia enquanto o carro está desligado, como um rádio deixado ligado, faróis esquecidos ou até um defeito elétrico que mantém um circuito ativo durante a noite.
Mas não é só isso…
Hábitos de condução, vibrações excessivas no compartimento do motor, falhas no sistema de carregamento e até o clima têm impacto direto. Baterias em zonas quentes tendem a durar menos do que em climas frios, e um alternador com mau funcionamento pode provocar sobrecarga, o que contribui para o envelhecimento precoce da bateria.
Não ignore estes sinais
Antes de o carro recusar arrancar por completo, existem vários sinais de alerta que não devem ser ignorados.
Um dos mais evidentes é a luz da bateria acesa no painel de instrumentos. Embora possa acender por outros motivos, se nenhuma outra falha for detetada, é provável que o problema seja mesmo a bateria. Outra pista está na intensidade dos faróis. Assim se parecem mais fracos, sobretudo quando o motor está ao ralenti, é sinal de que há pouca energia disponível.
Entretranto arranques lentos ou difíceis são outro sintoma comum, tal como um cheiro a enxofre. Algo muitas vezes descrito como “ovo podre” que pode indicar fuga de ácido. Visualmente, uma bateria em mau estado pode apresentar inchaço ou sinais de corrosão nos terminais. E se já precisou de usar cabos de arranque recentemente e o carro voltou a morrer pouco depois, então é praticamente certo: a bateria já não segura carga suficiente e precisa mesmo de ser substituída.
Nos modelos mais recentes
Nos modelos mais recentes, os sistemas eletrónicos ajudam a identificar falhas na bateria. No caso dos carros mais antigos, é possível fazer um teste simples com um multímetro. Uma bateria totalmente carregada deve acusar cerca de 12,6 volts ou mais. Valores abaixo disso indicam fraqueza ou morte iminente. E mesmo que a recarregue, isso será apenas um remendo temporário.
Com o tempo, a capacidade da bateria degrada-se e, mesmo que ainda funcione hoje, é provável que o deixe pendurado em breve talvez num parque de estacionamento longe de casa ou, pior ainda, no meio da estrada.
Em resumo, se a bateria do seu carro tem menos de três anos e o problema ocorreu apenas uma vez, ainda pode dar-lhe uma segunda oportunidade com um empurrão elétrico. Mas se os sintomas se repetem, se nota sinais físicos evidentes de desgaste ou se a bateria já deu o que tinha a dar, o mais sensato é trocar por uma nova. Pode evitar-lhe muitas dores de cabeça e chamadas para o reboque.
Continue a acompanhar a Leak.pt para mais dicas práticas sobre automóveis, tecnologia e gadgets que fazem parte do nosso dia a dia.
Precisamos dos nossos leitores. Segue a Leak no Google Notícias e no MSN Portugal. Temos uma nova comunidade no WhatsApp à tua espera. Podes também receber as notícias do teu e-mail. Carrega aqui para te registares É grátis!