Amaldiçoada por uns, amada por outros, existe em quase todos os espaços comerciais uma zona especial: a prateleira do supermercado onde os produtos vão “morrer”. É ali que acabam as caixas amolgadas, as bolachas com o canto partido, os iogurtes a dois dias do fim do prazo e os enlatados com rótulo rasgado. Muita gente passa ao lado como se fosse lixo. Outros passam ali primeiro e só depois fazem o resto das compras.
Conheces a prateleira do supermercado onde os produtos vão morrer?
A verdade é que, usada com cabeça, essa prateleira pode ser um dos melhores truques de poupança que tens à mão. Os descontos vão muitas vezes dos 30% aos 50%, às vezes mais, porque para a loja é preferível vender barato do que deitar fora. E tu, se fores minimamente organizado, consegues transformar aquilo em stock para a semana inteira.
Onde é que vale mesmo a pena apostar?
Produtos que sabes que vais consumir já: iogurtes para o pequeno-almoço de amanhã, queijo para uma massa que planeias fazer, pão que podes congelar, carne ou peixe embalado que vai direto para o congelador em casa. Também é uma boa mina para enlatados com rótulo estragado, massas, arroz ou cereais em embalagens danificadas mas intactas por dentro.
O perigo começa quando deixas que o desconto mande em ti. Levar seis pudins “porque estão baratos” quando vives sozinho é um bilhete quase certo para o lixo ou para um ataque de açúcar desnecessário. O mesmo para molhos estranhos, snacks aleatórios e coisas que nunca comprarias a preço normal. Se não fazia sentido ontem, não passa a fazer só porque tem 50% em cima.
Outra questão é a segurança
Produtos frescos quase a caducar exigem frio bem controlado e transporte rápido até casa. Se vais passear o resto da tarde com as compras no carro, talvez não seja boa ideia encher o carrinho de laticínios em fim de prazo. Olha bem para o estado das embalagens: se estiverem mesmo danificadas, com fugas, bolhas ou cheiro esquisito, deixa estar. Desconto nenhum compensa uma gastroenterite.
Entretanto a regra de ouro é simples: entra na prateleira da “morte” com um plano. Sabes o que precisas para os próximos dois ou três dias? Começa por aí. Se encontrares versões com desconto, ótimo. Se não, segue caminho. O objetivo não é colecionar pechinchas, é pagar menos pelo que já ias comprar.
No fim, aquela prateleira é como muitos saldos: pode ser um tesouro ou um desastre, dependendo da pressa e da fome com que lá chegas.
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