Quem nunca ficou tentado por uma promoção irresistível ao fazer compras online? Muitas vezes, os sites oferecem “portes grátis” em trocas de pequenas subscrições ou cliques em caixas de seleção aparentemente inofensivas. Mas o que parece uma oportunidade é, em muitos casos, uma fraude disfarçada: o truque dos “portes grátis” que esconde subscrições ilegais e pode acabar por custar muito mais caro do que a entrega.
Como funciona o golpe
O esquema é simples e altamente eficaz:
O utilizador faz uma compra online. Entretanto durante o processo, aparece um pop-up ou opção para aderir a “portes grátis” ou “entregas ilimitadas”. Assim, sem ler os detalhes, muitos clientes clicam em aceitar, acreditando que é apenas uma oferta ligada à compra atual.
Na realidade, estão a assinar um serviço de subscrição mensal com custos escondidos, muitas vezes entre 10 € e 30 € por mês.
O mais grave? Em alguns casos, estas subscrições são difíceis de cancelar, com contactos de apoio ao cliente inexistentes ou formulários escondidos.
Porque este truque resulta
Há duas razões principais:
Impulsividade: no entusiasmo da compra, os consumidores não leem as letras pequenas.
Falsa legitimidade: muitas vezes, estas ofertas aparecem integradas em sites aparentemente seguros, o que dá a sensação de que fazem parte da loja oficial.
Em certos casos, os burlões conseguem até replicar logótipos e nomes de marcas conhecidas para reforçar a confiança.
Exemplos reais
Consumidores em Portugal relataram ter subscrições ativas de “clubes de descontos” ou “entregas premium” sem nunca se lembrarem de as ter autorizado.
Entretanto em alguns casos, as cobranças só foram detetadas meses depois, acumulando valores acima dos 100 €.
As queixas mais comuns envolvem sites de eletrónica, moda e até falsos supermercados online.
Como identificar o truque dos “portes grátis”
- Desconfia de pop-ups durante o checkout: sobretudo se pedirem dados adicionais de pagamento.
- Lê sempre as letras pequenas: muitas ofertas escondem cláusulas de subscrição.
- Verifica o remetente no extrato bancário: se o nome da cobrança não corresponder à loja onde fizeste a compra, é sinal de alerta.
- Faz pesquisas rápidas: muitas destas “empresas” já têm reclamações em fóruns e páginas de defesa do consumidor.
Como cancelar e reaver o dinheiro
Se já caíste neste truque, ainda podes agir:
Contacta o banco para cancelar débitos diretos ou bloquear pagamentos futuros. Guarda comprovativos das cobranças e prints da inscrição. Exige o cancelamento por escrito ao fornecedor. Apresenta queixa no Portal da Queixa, DECO ou até às autoridades, se for necessário.
Em alguns casos, os bancos conseguem devolver os valores através de processos de “chargeback”.
Como te proteger no futuro
Nunca aceites ofertas automáticas sem ler os termos.
Evita clicar em caixas pré-selecionadas durante o checkout.
Prefere pagar com cartões virtuais temporários ou MB Way para reduzir o risco de cobranças escondidas.
Entretanto confirma regularmente os extratos da tua conta para identificar débitos estranhos.
Assim os “portes grátis” em compras online podem parecer uma oferta inofensiva, mas em muitos casos escondem subscrições ilegais que te retiram dinheiro todos os meses.
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