Se o teu portátil tem estas características 2026 é o ano para o reformares

Ao contrário dos smartphones, que muitos trocam a cada dois ou três anos, os portáteis costumam ser companheiros de longa data. “Enquanto ligar, serve”, certo? Errado. O problema é que o software avança mais depressa que o hardware antigo. Se o teu computador bufa como um avião a jato só para abrir o browser ou se demora uma eternidade a arrancar, estes são sinais de velhice. Mas, para 2026, existem especificações concretas que ditam a “sentença de morte” da tua máquina. Se o teu portátil sofre de algum destes males ou tem algumas destas características, talvez esteja na hora de procurares um substituto (ou instalares Linux).

Se o teu portátil tem estas características 2026 é o ano para o reformares

1. A falta do chip TPM 2.0 (O fim do Windows 10)

Este é o ponto mais crítico. A Microsoft vai desligar o suporte ao Windows 10 a 14 de outubro de 2025. Isto significa que, em 2026, usar Windows 10 é um risco enorme de segurança (sem updates, és um alvo fácil para vírus e ransomware). O caminho natural seria o Windows 11, mas este exige o tal chip de segurança TPM 2.0.

O veredito: Se o teu PC não tem TPM 2.0 e não queres arriscar “hacks” para instalar o Windows 11 à força, o teu computador está obsoleto para o ecossistema Microsoft.

A salvação: Se não queres gastar dinheiro, instala uma distribuição Linux (como Ubuntu ou Mint). Assim o Linux faz milagres em máquinas antigas e é seguro.

2. O Disco Rígido (HDD) como disco principal

Ainda ouves o teu computador a “arranhar” quando o ligas? Isso é um disco mecânico (HDD). Em 2026, ter o sistema operativo num HDD é pedir para sofrer. A diferença para um SSD é da noite para o dia. Um SSD faz o computador arrancar em segundos; um HDD demora minutos. Hoje em dia, até os browsers exigem a velocidade de leitura de um SSD. Se o teu portátil só tem HDD, ele vai arrastar-se.

Dica: Se o portátil permitir, troca o HDD por um SSD (são baratos). Se não der para abrir, reforma a máquina.

3. Apenas 8GB de RAM (ou menos)

Vamos ser sinceros: o Google Chrome “come” memória RAM ao pequeno-almoço. Embora o Windows 11 diga que funciona com 4GB, na prática, qualquer coisa abaixo de 16GB começa a ser curto para os padrões modernos. Se tens 8GB e abres o Spotify, o Word, e 10 abas no navegador, o teu computador vai começar a engasgar. Em 2026, com as apps cada vez mais pesadas (e com inteligência artificial à mistura), 16GB de RAM passará a ser o mínimo aceitável para uma experiência fluida.

4. Zero portas USB-C

O USB-A (aquela porta retangular antiga) não morreu, mas o USB-C já ganhou a guerra. Desde carregar o telemóvel, ligar um monitor externo ou passar dados a alta velocidade, o USB-C faz tudo. Se o teu portátil não tem uma única porta USB-C, vais passar a vida rodeado de adaptadores e dongles irritantes. É um sinal claro de que a arquitetura da tua máquina ficou na década passada.

5. Ecrã com resolução 720p (HD)

Parece mentira, mas ainda há portáteis (especialmente Chromebooks baratos ou máquinas antigas) com ecrãs de 1366×768 píxeis. Em 2026, onde o standard de vídeo no YouTube e Netflix é 1080p ou 4K, ter um ecrã 720p é desperdiçar a subscrição de streaming. Além disso, para trabalhar, a falta de espaço no ecrã e a má definição do texto cansam a vista muito mais depressa. Se não é Full HD (1080p), já não serve.

6. Bateria que dura uma “sesta”

Lembras-te quando 3 horas de bateria era bom? Esquece isso. Com a chegada dos processadores Apple Silicon (M1, M2, M3) e dos novos Snapdragon para Windows, o novo normal é bateria para o dia todo (8 a 12 horas reais). Se o teu portátil vive ligado à tomada e morre assim que o desligas da corrente, ele deixou de ser um “portátil” e passou a ser um computador fixo compacto. A liberdade de trabalhar sem o carregador atrás é um “game changer” que não deves ignorar.

Entretanto ter um destes problemas não impede o computador de ligar. Mas ter dois ou três desta lista significa que estás a perder tempo e paciência diariamente. Assim se 2026 for o ano em que decides investir, a tua produtividade vai agradecer.

Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

Em destaque

Leia também