Caso não saibas, a Google e a Qualcomm estão a preparar o terreno para algo que, até há pouco tempo, parecia uma ideia estranha. Portáteis com Android em vez de Windows ou qualquer outro sistema operativo.
Aqui não estamos a falar de tablets com teclado, nem híbridos manhosos como já se viu muitas vezes no mercado. Estamos a falar de portáteis a sério, com formato clássico! Trackpad, teclado completo, mas claro, processadores Snapdragon preparados para correr Android 16 como se fosse o sistema operativo natural para um computador.
A questão é simples. Isto faz sentido? Pode realmente ser melhor do que um portátil Windows em alguns casos? A resposta surpreende. Sim!
Um portátil Android é mais rápido… Porque o Android é leve, e o hardware está num nível altíssimo.
Como deves saber, o Windows é um sistema enorme, pesado, complexo, e claro, cheio de processos que moram no fundo do sistema mesmo quando não pedimos nada. É exatamente por isso que a recentemente lançada Xbox ROG Ally X tem um modo diferente de inicializar o Windows, de forma a deixar “todo o lixo” de fora, a não ser que seja necessário.
Por outro lado, o Android foi criado para correr em equipamentos móveis com pouca energia e pouca RAM. Por isso, num portátil com um Snapdragon recente, o sistema simplesmente voa.
Ou seja, a sensação é a mesma que tens quando pegas num smartphone topo de gama. Apps a abrir instantaneamente, menus fluidos, multitasking sem engasgos.
A autonomia é ridiculamente melhor!
Se há algo que os portáteis Windows continuam a falhar é a bateria. Falam em 10 ou 12 horas, mas na vida real muito poucos passam das 6 ou 7… Com sorte!
Com um portátil Android, a história muda.
Processadores Snapdragon foram feitos para gastar muito menos energia.
Por isso, um portátil Android pode facilmente oferecer 12, 15 ou até mais horas de autonomia. Isto muda completamente o jogo para estudantes, jornalistas, freelancers. Ou seja, gente que trabalha no café, pessoal que vive colado ao computador mas não a uma tomada.
Integração perfeita com o telemóvel!
Esta é provavelmente a maior vantagem.
Todo o ecossistema Android passa para o portátil. Tens as mesmas apps, as mesmas notificações, a mesma conta Google, o mesmo ambiente.
Mensagens instantâneas. Sync automático. Transferências diretas de ficheiros. Apps como WhatsApp, Instagram, TikTok, MB Way, tudo a funcionar como se estivesse no telemóvel mas num ecrã maior. Coisa que o Windows tenta imitar há anos, mas nunca chegou lá.
No fundo, um bocadinho aquilo que a Apple já faz com o iPhone e os computadores Mac.
Silencioso, frio e fino!
Esquece ventoinhas. Esquece aquecimento, e claro, esquece o ruído.
Como o Android e o hardware ARM consomem pouca energia, o portátil pode ser ultrafino, frio ao toque e completamente silencioso. É a experiência de um tablet, mas num formato de portátil.
É o benefício natural de usar chips feitos para mobilidade, e não os tradicionais x86 que passaram a vida inteira dentro de torres e portáteis a comer energia.
O preço é outra vantagem gigante?
Windows não é barato. O hardware que o Windows exige também não é barato. O Android é leve, eficiente e adaptável.
Já foi mais barato, mas abre as portas a outras misturas de hardware que podem trazer surpresas.
Mas há limitações! Claro!
Antes que comeces a imaginar um portátil Android a substituir a tua máquina de trabalho, convém ser honesto. Portáteis Android não são para edição de vídeo pesada. E também não são para jogos AAA.
Não são para software empresarial tradicional.
Ou seja, não vão substituir o teu portátil Windows ou Mac se trabalhas com ferramentas profissionais. Mas também não é esse o objetivo. Estes portáteis vão brilhar noutro segmento.
Então faz sentido? Faz, e não é pouco!
Portáteis Android encaixam perfeitamente no uso diário da maioria das pessoas. Navegar, estudar, trabalhar em documentos, ver conteúdos, gerir apps e redes sociais, fazer chamadas, usar tudo o que já conheces no telemóvel mas com mais conforto.
Pode mudar o paradigma da computação, abrindo espaço para todo um novo mercado que vai de facto encher as medidas a uma grande parte da população.
Claro que o Windows continua a reinar como sistema profissional. Isto enquanto o macOS continua a ser o favorito dos criativos. Mas há um espaço enorme entre estes dois mundos que está completamente aberto… A correr bem, vai ser bom!
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