Pixel 10 começa a degradar a bateria após 200 ciclos. Porquê?

Já toda a gente sabe que uma bateria de um smartphone tem sempre os dias contados. É no fundo, um componente de desgaste, que quase sempre serve como desculpa para troca de telemóvel.

Aliás, apesar de toda a lenga-lenga das fabricantes à volta da resistência à água e ao pó, a razão pela qual não existem baterias removíveis, é exatamente por estas começarem a perder longevidade e potência, e claro, como consequência direta disso, smartphones começam a “coxear”, o que leva quase sempre o consumidor a procurar um novo smartphone para o seu dia-a-dia.

Dito tudo isto, a Google decidiu implementar no Pixel 10 uma funcionalidade que promete “proteger a saúde da bateria”. Porém, na prática vai fazer com que esta comece a degradar mais cedo do que devia. O pior? Não há qualquer opção para desligar.

O que é o Battery Health Assistance?

Caso não saiba, tudo começou com o Pixel 9a.

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A Google lançou o chamado Battery Health Assistance, que reduz a velocidade e a voltagem do carregamento para evitar riscos de sobreaquecimento ou até de incêndios, como aconteceu em alguns modelos anteriores. Agora, o mesmo sistema chega ao Pixel 10! Porém, com uma condição polémica: a partir dos 200 ciclos de carga, a bateria começa a perder capacidade de forma controlada pelo software.

Menos de um ano até sentir diferenças?

Se carregares o Pixel 10 todos os dias, em menos de um ano vais começar a notar que a autonomia já não é a mesma. Dito isto, se fores daqueles que precisa de carregar mais do que uma vez por dia, a degradação vai ser ainda mais rápida.

Segurança ou desculpa?

A explicação oficial é simples e por isso fácil de perceber. Evitar acidentes e estabilizar o desempenho da bateria ao longo do tempo.

Mas fica a dúvida se a Google não está apenas a tentar limpar a imagem depois dos incidentes do Pixel 6a, onde algumas unidades chegaram a incendiar-se.

O problema de fundo é este…

Em vez de investir em testes rigorosos e em baterias mais seguras, a Google optou por limitar artificialmente o hardware através do software. O resultado é um smartphone caro que perde autonomia demasiado cedo. Pior que isso, é o facto de o utilizador não ter qualquer escolha.

 

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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