Hoje em dia, quase tudo passa pelo smartphone. Fotografias, contas bancárias, redes sociais, e-mails, documentos importantes e até palavras-passe estão guardadas no bolso. Mas apesar disso, muita gente continua a proteger tudo isto com um simples código de 4 dígitos… e pior, muitos desses códigos estão entre os mais fáceis de adivinhar. Pode parecer exagero, mas “1234” ou “0000” são escolhas perigosamente comuns. Mas não são as únicas. A verdade é que há muitos outros PINs que não deve usar no telemóvel.
Estes são os PINs que nunca deve usar no telemóvel
Segundo uma análise feita por Nick Berry, da DataGenetics, há alguns dos códigos mais usados de sempre e por isso mesmo, os mais arriscados:
- 1234
- 1111
- 0000
- 1212
- 7777
- 1004
- 2000
- 4444
- 2222
- 6969
Estes códigos representam uma enorme fraqueza de segurança, porque qualquer pessoa com más intenções vai começar por tentar exatamente estes. Padrões fáceis como pares repetidos (1122), sequências como (4321), datas populares (1984), ou até padrões de teclado (como 2580, que é só deslizar para baixo) também devem ser evitados.
Evitar estas escolhas é o primeiro passo para dificultar a vida a qualquer ladrão.
Um PIN de 4 dígitos já não chega
Mesmo que o código seja original, a verdade é que um PIN com apenas quatro números é muito fácil de quebrar. Há apenas 10.000 combinações possíveis. Trata-se de algo que qualquer computador (e até humanos com tempo) podem tentar em poucos minutos.
Se a ideia for continuar a usar um PIN em vez de uma palavra-passe, opte por um código de 6 dígitos. Só esta pequena mudança eleva a segurança de 10 mil para 1 milhão de possibilidades.
Palavra-passe: a opção mais segura
O ideal mesmo é usar uma palavra-passe alfanumérica, tal como se faz para contas online. Não precisa de ser extremamente complexa, cheia de símbolos estranhos. Um simples conjunto de letras, como por exemplo “seguranca2025”, é muito mais seguro do que qualquer PIN.
Nos Android, basta ir a Definições > Segurança > Bloqueio de ecrã e escolher “Palavra-passe”. No iPhone, vai a Definições > Face ID e Código > Alterar código > Opções de código e escolhe “Código alfanumérico personalizado”.
Para quem usa impressão digital ou reconhecimento facial, a introdução da palavra-passe será rara apenas quando o sistema biométrico falhar. Um pequeno incómodo em troca de uma segurança muito superior.
Atenção aos recursos de desbloqueio automático
Nos Android, há funções como “Manter desbloqueado enquanto estiver no bolso” ou “Desbloquear quando estiver em casa”. Convenientes, sim, mas também perigosas. Basta um deslize para que o telemóvel fique acessível a outra pessoa sem que o utilizador se aperceba.
Nos iPhones, o principal risco está no desbloqueio via Apple Watch. Se o relógio estiver desbloqueado, pode permitir o acesso ao iPhone. Isto mesmo que este esteja nas mãos erradas.
Ativar proteção contra roubo
O Android já conta com a função Theft Detection Lock, que bloqueia automaticamente o telefone quando deteta um movimento suspeito, como se alguém tivesse corrido com o aparelho na mão. Também vale a pena ativar o bloqueio offline, que entra em ação se o Wi-Fi ou dados forem desligados.
No iPhone, a Proteção contra Roubo de Dispositivo é essencial. Impede alterações sensíveis (como mudar o código ou apagar dados) fora de locais confiáveis, exigindo autenticação biométrica sem hipótese de recorrer apenas ao código.
Em caso de roubo, agir rápido
Se o smartphone for roubado, ainda há tempo para minimizar os danos. No Android, basta aceder à conta Google noutro dispositivo, entrar em Segurança > Os seus dispositivos > Gerir e remover o acesso do equipamento. Também pode ser feito um reset remoto.
No iPhone, tudo passa pelo iCloud.com/find. Aqui é possível ver a localização do equipamento, ativar o modo perdido ou apagar todos os dados. Atenção: nunca deve remover o dispositivo da conta Apple, pois isso facilita a vida ao ladrão.
Outras dicas simples mas eficazes
- Evitar mostrar o código em público, mesmo que pareça seguro.
- Desativar as pré-visualizações das teclas quando escreve o código.
- No iPhone, limitar o que pode ser feito com o telefone bloqueado (acesso à câmara, mensagens, Wallet, etc.) em Definições > Face ID e Código > Acesso com o ecrã bloqueado.
- Em público, evitar manter o telefone à vista ou no bolso de trás.
Agora já sabe quais os pins que nunca deve usar no telemóvel.
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