Quarta-feira, Outubro 8, 2025

Filhos de pais divorciados correm maior risco de sofrer um AVC

Os filhos de pais divorciados têm uma probabilidade substancialmente maior de sofrer um AVC mais tarde na vida. Isto é o que revela um novo estudo efectuado com mais de 13 mil adultos.  Os resultados sugerem que a turbulência emocional durante os anos de formação de uma pessoa pode ter efeitos sobre a saúde ao longo da vida que podem estar a escapar-nos.

“É extremamente preocupante o facto de os adultos mais velhos que cresceram em famílias divorciadas terem 60% mais probabilidades de sofrer um acidente vascular cerebral, mesmo depois de terem excluído aqueles que tinham sido abusados física ou sexualmente em crianças”, afirma a cientista social Esme Fuller-Thomson da Universidade de Toronto, no Canadá.

“A magnitude da associação entre o divórcio dos pais e o AVC era comparável a factores de risco bem estabelecidos para o AVC, como o sexo masculino e a diabetes.”

O divórcio parece ser um dos fatores mais preponderantes no risco de AVC

Anteriormente, a investigação associou o abuso físico durante a infância a um maior risco de AVC numa fase posterior da vida. O divórcio é outra forma de stress emocional nos primeiros anos de vida de uma pessoa. Entretanto pode ter um grande impacto na saúde cardiovascular a longo prazo.

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A sua investigação baseia-se nos dados pessoais e de saúde de 13.205 adultos com mais de 65 anos. Entretanto declararam não ter sofrido abusos físicos ou sexuais na infância. Cerca de 14% dos inquiridos tinham sido vítimas de divórcio dos pais. Isto antes dos 18 anos de idade.

Os homens do estudo tinham uma probabilidade 47% maior de sofrer um AVC do que as mulheres. No entanto, à medida que ambos os sexos envelhecem, o risco de AVC aumenta.

Os participantes no estudo com diabetes tinham 37% mais hipóteses de sofrer um AVC. Já os participantes com depressão tinham 76% mais hipóteses.

Mesmo quando estes outros factores de risco se tiveram em conta, as pessoas cujos pais se tinham divorciado quando eram crianças tinham ainda 61% mais probabilidades de sofrer um AVC.

Não existem associações entre outros problemas de relacionamentos e o AVC

“Não se encontrou qualquer associação entre o abuso emocional na infância, a violência doméstica dos pais, o encarceramento dos pais, a doença mental dos pais ou o consumo de substâncias pelos pais e o risco de AVC. Isto porque se teve em conta uma vasta gama de factores sociodemográficos”, escreve a equipa de investigadores.

Os resultados são apenas observacionais. Assim não podem explicar por que razão o divórcio na infância está ligado ao risco de AVC numa fase posterior da vida. M

O stress prolongado durante a infância, por exemplo, pode ser responsável pelos maus resultados em termos de saúde. O divórcio pode muitas vezes levar a lutas e tensões no agregado familiar. Assim a criança pode por vezes ter de mudar de escola ou viver em mais do que um sítio. Estudos anteriores sugerem que o infortúnio e as adversidades da infância, de uma forma mais geral, podem ter impacto no risco de AVC mais tarde na vida.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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