A verdade sobre os serviços de streaming: está na hora de parar?

Durante anos, trocar a televisão tradicional por serviços de streaming parecia a melhor decisão do mundo. Menos anúncios, catálogos gigantescos, filmes e séries sempre à distância de um clique… parecia perfeito. Mas agora, algo mudou. A magia desapareceu. Os preços subiram, os algoritmos tornaram-se sufocantes e, sejamos honestos, já não compensa como antes. Esta é a verdade sobre os serviços de streaming e a razão pela qual as pessoas os estão a cancelar.

1. Estão cada vez mais caros — e nem damos por isso

Quando olhamos para o preço de um serviço como a Netflix ou o Prime Video isoladamente, até parece razoável. Mas quem tem só um? Entre HBO Max, Netflix, Prime, Disney+ e afins, facilmente passamos dos 60€ por mês e isso são mais de 700€ por ano. Para ver o quê? Duas ou três séries repetidas? Pior ainda: sempre que um serviço aumenta o preço, os outros seguem atrás como um dominó.

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Se já não vê tanto conteúdo como via antigamente, a sensação de estar a deitar dinheiro fora é inevitável. Especialmente quando passa um mês inteiro sem sequer abrir a app.

2. Os algoritmos mataram a descoberta espontânea

Lembra-se de quando abria um serviço de streaming e encontrava um filme novo, inesperado, que adorava? Pois, isso já quase não acontece. Os algoritmos prendem-nos numa bolha. Assim baseiam-se no que vimos, e não no que poderíamos gostar de descobrir. Mesmo que adore ficção científica ou comédia romântica, às vezes só quer ver… algo diferente. Mas o sistema não entende estados de espírito. Entende apenas padrões.

Além disso, quem garante que aquela recomendação é realmente para si? Ou é só mais um conteúdo empurrado para todos na homepage? A personalização virou publicidade disfarçada.

3. Os serviços gratuitos estão a dar cartas (e têm mais variedade!)

Farto de pagar para não ver nada, algumas pessoas experimentam o mundo dos serviços de streaming gratuitos, como o Pluto TV. E sabe que mais? Ficam surpreendidos. Sim, têm anúncios. No entanto a biblioteca é bem mais variada do que se espera, com títulos que os gigantes pagos já nem têm. E mais: por não estarem viciados no histórico de utilizador, as recomendações fazem muito mais sentido.

Os serviços de streaming foram revolucionários mas o modelo atual está a cair na armadilha que prometiam evitar: preços elevados, excesso de oferta sem curadoria real, e cada vez menos liberdade de escolha.

Se está a pagar várias subscrições, mas a sentir que já não retira valor suficiente, talvez esteja na hora de experimentar alternativas. Entre plataformas gratuitas, coleções físicas e novos hábitos, há muito por explorar fora das “grandes plataformas”. E não, não é o fim do entretenimento é só o início de algo diferente.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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