(Opinião) Troquei um topo de gama Android por um iPhone 11 Pro!

Para a Leak.pt ser uma referência no mundo mobile, tem obrigatoriamente de testar as melhores máquinas do mercado, o que claro está, inclui o iPhone da Norte Americana Apple. No entanto, ao contrário da Huawei, Samsung, LG, OnePlus, Xiaomi, etc… É muito mais difícil meter as mãos num iPhone, devido ao facto da Apple não existir no nosso país (apenas temos revendedores oficiais).

Dito isto, com o rápido crescimento deste projeto, conseguimos finalmente ter um parceiro de qualidade capaz de abrir as portas a review e especiais sobre o mundo mobile Apple, a GMS Store. Dêem uma vista de olhos no site, que eles são porreiros e sabem o que fazem.



(Especial) Troquei um topo de gama Android por um iPhone 11 Pro durante 2 meses! Como foi?

iPhone

Antes de mais nada, tenho de dizer que no passado já tive um iPhone 6S, que curiosamente foi adquirido apenas e só para tentar perceber o que se passava no lado da maçã, depois de uns quantos anos a ser ‘hater’ dos produtos Apple. Aliás, há alguns anos atrás arruinei o juízo a um amigo meu por este ter gasto um mês de ordenado num iPhone 6 de 64GB com seguro! Uma brincadeira de 1000€ na altura (2014?).

Por isso, para deixar de ser um hater troll, decidi tentar perceber o porquê de tanto sucesso no mundo da maçã trincada! Num produto que aparentemente (no papel) é demasiado caro para aquilo que oferece na realidade. E meus amigos, esse iPhone 6S foi o telemóvel que mais tempo durou no meu bolso e para meu espanto, ainda hoje é vivo no bolso da minha mãe.

Review em Maio? Para quê? Vamos fazer algo diferente!

Portanto, fazer uma ‘review’ a um iPhone 11 Pro em Maio de 2020 seria um pouco estranho, visto que o smartphone já se encontra no mercado desde Setembro de 2019. Por isso, escusado será dizer que já toda a gente leu as centenas de análises por essa internet fora. Tendo isso em conta, decidi fazer algo um pouco diferente, uma espécie de Android vs iOS em que nos vamos focar mais nas grandes diferenças entre os dois mundos rivais, numa utilização normal do dia a dia. Ou seja, vou falar das grandes diferenças que senti, e se realmente fiquei fã da máquina.

Afinal de contas, só em 2020 já testei o Mate 30 Pro, Galaxy S20+, Galaxy S20 Ultra, Red Magic 5G e BlackShark 3! Ou seja, muitas das máquinas Android que mais poder têm para oferecer aos consumidores. Por isso, acho que estou numa boa posição para comparar o mundo Android onde encontramos especificações como 12GB de RAM LPDDR5, 512GB de memória UFS 3.0, sensores de 108MP, ecrãs de 144Hz, etc… Com o mundo Apple, onde o topo de gama conta com apenas 4GB de RAM LPDDR4X, um design de 2017, ecrã de 60Hz, etc… Pois bem, ao fim ao cabo, quem ganha em 2020? Vamos por partes!

A primeira semana…

Antes de mais nada, quando passei dos meus smartphones Android em análise naquele momento (Red Magic 5G e S20 Ultra), o primeiro uma autêntica besta da performance com um Snapdragon 865, ecrã de 144Hz, entre outras coisas, e o segundo o principal e histórico rival do iPhone… Fiquei imediatamente com a sensação que faltava ali algo devido ao design mais tradicional da solução da Apple!

Ou seja, no fundo, senti imenso a falta dos ecrãs infinitos de grandes dimensões, muito populares curvaturas (Edge) e altas frequências de atualização.

Ao fim ao cabo, é inegável que a Apple está um pouco parada no tempo no campo do design. Mas hey, em equipa que ganha não se mexe, se os resultados existem, algo está a ser bem feito.

Aliás, isto é tão verdade que  com o passar do tempo, comecei a adorar o ecrã plano do iPhone, bem como o seu corpo mais pequeno que finalmente me permitiu voltar a utilizar uma mão para interagir com tudo aquilo que se passa no aparelho. Tudo muito graças aos gestos do iOS, que apesar de ser algo já suportado pelos smartphones Android, ainda têm muita sopinha para comer.

Aliás, posso dizer que rapidamente fiquei com a sensação que tinha uma máquina super simples, mas também super poderosa para tudo aquilo que necessito no meu dia a dia.

  • Tirar fotos? Qualidade brutal!
  • Vídeos? Qualidade de imagem e estabilização brutal!
  • Abrir e fechar aplicações? Rápido até dizer chega!
  • Ficar com essas mesmas aplicações em memória? Já vi melhor… Mas são tão rápidas a abrir que acaba por ser indiferente.

É fácil chegar à conclusão que as aplicações correm de forma mais fluída e com menos soluços em comparação ao mundo Android. Quase como se os developers tivessem uma fórmula mais refinada para trazer o seu trabalho para o iOS. Algo que era verdade no passado, e apesar de as coisas terem evoluído imenso nos últimos anos, parece que ainda continua a ser um pouco verdade. Em suma, as aplicações funcionam melhor no iPhone.

Contudo, apesar de tudo isto, também senti o que é ter de lidar com um software mais fechado. Visto que nos meus Androids gosto sempre de instalar algumas aplicações não oficiais que são impossíveis de encontrar nas plataformas da Google ou Apple. Ainda assim, foi algo que não me chateou muito tal é a experiência de utilização no iOS mais recente.

Curiosamente, até a bateria me impressionou pela positiva! Aguentando mais que um dia sem grandes dificuldades, mesmo tendo em conta este período de quarentena em que passei a vida em chamadas, a ver vídeos e a fazer streaming de música no Spotify.

Mas o que realmente me continua a impressionar, é a sua performance na gestão de recursos e abertura de aplicações. É tudo super rápido! Acaba por ser impressionante ver como é que uma máquina com 4GB de RAM consegue ser tão rápida e continuar a guardar a maioria das aplicações em memória. É óbvio que muita desta performance vem do facto da Apple controlar o lado do hardware mas também o lado do software nos seus produtos. Mas isso não ser usado como desculpa! As fabricantes do mundo Android têm de melhorar o seu jogo para chegar a este nível, dê por onde der. Qual é a necessidade de ter uma lista de especificações brutal, se o iPhone consegue fazer mais e melhor com menos?

Conclusão

O iPhone 11 Pro é neste momento o meu telemóvel principal, apesar de ter umas quantas máquinas muito melhores no papel na minha secretária. Porquê? Gostava de conseguir responder sem qualquer problema a esta pergunta… Será a tal magia Apple que Steve Jobs falava? Ou será que a Apple sabe mesmo o que anda a fazer no mercado?

Vou acabar isto com uma frase do Sílvio José, colaborador da Leak, “o iPhone não é o melhor em nada, mas acaba por ser o melhor em tudo.” Algo que parece uma frase parva do nosso Madeirense, mas que na verdade faz todo o sentido.

Afinal, no papel, o iPhone não tem as melhores câmeras, não tem o melhor ecrã, não tem a RAM mais rápida, o ecrã apenas chega aos 60Hz, etc… No entanto, é um dos smartphones mais completos e versáteis no mundo da fotografia, tem o melhor SoC do mercado, apresentando uma experiência de utilização super fluída.

Muito resumidamente, o iPhone 11 Pro é uma maquinão que me conseguiu encher as medidas. Por isso, vou estar muito atento ao que a Apple tem para oferecer em Setembro com o iPhone 12, visto que vamos finalmente ter o primeiro redesign aquilo que o iPhone X trouxe para cima da mesa em 2017.


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Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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