Já ando nisto há alguns aninhos, e como tal, posso dizer… O mundo dos smartphones nunca se sentiu tão aborrecido e cansado como agora. Já chegámos ao ponto de imitação de designs entre fabricantes, e talvez pior que isso, de um ano para o outro, já quase nada muda.
Aliás, o iPhone só chega ao mercado oficialmente na próxima semana, e nós já sabemos tudo acerca do lançamento da Apple. É triste.
O mercado de smartphones está cada vez mais cansado
Infelizmente, o mercado de smartphones já não tem o mesmo brilho de outros tempos. A cada lançamento vemos mais do mesmo, com pequenas melhorias no processador, um sensor de câmara ligeiramente maior, um ecrã um pouco mais brilhante. Mas a verdade é que a indústria está a perder a capacidade de surpreender e isso começa a notar-se na forma como o público reage.
O preço também não ajuda…
Os topos de gama chegam a preços absurdos, muitas vezes acima dos 1000 euros, e hoje em dia, alguns até já tocam nos 2000. Porém, apesar destes preços, não oferecem nada de realmente revolucionário.
Do outro lado, a gama média tornou-se previsível. Todos com o mesmo design, todos com chips muito semelhantes e todos a prometer uma experiência que, na prática, é idêntica. Até o marketing já soa a repetido.
A Apple vive de pequenas mudanças que tenta transformar em “grandes novidades”. A Samsung lança modelos atrás de modelos, mas depois acaba a lançar modelos FE que são iguais ao ano passado. A Xiaomi continua a apostar em especificações impressionantes no papel, mas tropeça sempre no software. É como se todo o setor estivesse a girar num ciclo infinito.
Resultado?
Os consumidores já não sentem necessidade de trocar de smartphone todos os anos. Os equipamentos duram mais, oferecem tudo o que a maioria precisa, e os avanços são tão tímidos que dificilmente justificam a despesa. Aliás, até para um entusiasta, começa a ser complicado justificar um topo de gama, quando todos os smartphones acima de um determinado valor já fazem tudo.
O mercado de smartphones está cansado, e os utilizadores também. E agora? O que se faz?
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