Sábado, Setembro 20, 2025

O futuro dos jogos não dá dinheiro? E agora?

Game Pass da Microsoft dá lucro? Só se ignorarmos os milhões que se perdem nos exclusivos! No fundo, a narrativa oficial até aqui tem sido muito simples. O Game Pass dá lucro e é o futuro da Xbox. Pode até ser o futuro de todo o mundo dos videojogos, ao “oferecer” jogos como um serviço.

Mas segundo fontes bem colocadas na indústria, essa história pode não ser assim tão verdadeira. Ou melhor, pode ser tecnicamente verdade… se escolhermos ignorar uma parte enorme da equação.

Uma parte que explica o porquê da Sony, mesmo com muita pressão em cima, nunca ter mudado o seu modelo de negócio para pura e simplesmente imitar a Microsoft.

O futuro dos jogos não dá dinheiro? E agora?

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Christopher Dring, um dos insiders mais respeitados do meio, veio agora lançar mais lenha para a fogueira que é a Micrososft. Segundo ele, a rentabilidade do Game Pass é real, mas só se contarmos os custos “básicos” como marketing, manutenção do serviço e as taxas pagas a estúdios terceiros.

O que fica de fora? O impacto direto nas receitas dos jogos first-party da própria Microsoft.

Como assim?

Se um jogo como Starfield ou Hellblade 2 é lançado diretamente no Game Pass, uma fatia gigante de vendas deixa de acontecer. Esta é a realidade pura dos factos.

Uma fatia que a Microsoft não está a contabilizar quando diz que o serviço é rentável. Segundo Dring, se os estúdios da casa recebessem uma compensação real pelas vendas que deixam de fazer, talvez a história da rentabilidade fosse bem diferente.

Claro que também há o outro lado da moeda, que é o facto de os jogadores estarem a pagar um serviço todos os meses, quer joguem quer não, quer existam lançamentos quer não. Mas… Ainda assim… Não é por aqui que a Microsoft retira rentabilidade para pagar todos os seus investimentos recentes.

Isto vem numa altura crítica.

A divisão Xbox está a passar por mudanças pesadas, com despedimentos em massa, encerramento de estúdios, e cada vez mais dúvidas sobre o rumo que a Microsoft quer seguir com o seu ecossistema.

No meio disto tudo, manter a ideia de que o Game Pass é um sucesso financeiro pode ser mais uma jogada de relações públicas do que uma realidade crua.

Vale a pena continuar a oferecer jogos day one?

Essa é a grande questão. Especialmente porque esse o maior trunfo do Game Pass! Mas também pode ser o seu maior veneno a longo prazo. Porque se nem os próprios estúdios da Microsoft estão a ver retorno direto com os lançamentos imediatos, que incentivo têm para continuar a apostar forte nos seus jogos?

A verdade é que o Game Pass continua a ser um excelente negócio para o consumidor. Mas talvez esteja a ser um negócio demasiado bom para durar.

Por enquanto, a Microsoft não comentou esta análise de Dring. Mas a dúvida ficou no ar. O que você acha?

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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