Sábado, Outubro 4, 2025

Nova técnica de assaltos está a crescer e podes ser o próximo alvo

As estatísticas mais recentes e os alertas das autoridades mostram uma tendência preocupante: os assaltos de rua estão a mudar de forma e a tornar-se mais rápidos, discretos e eficazes. A boa notícia é que conhecer o método ajuda a preveni-lo. A má notícia é que, sem esta informação, qualquer um pode tornar-se alvo muitas vezes sem sequer perceber o que aconteceu até ser tarde demais. Mas qual a nova técnica de assaltos?

Nova técnica de assaltos: uma tendência que está a explodir nas cidades

Nos últimos meses, várias forças policiais e câmaras municipais têm alertado para um aumento significativo de assaltos “relâmpago” em zonas urbanas. Estes não se parecem com os assaltos que a maioria imagina: não há ameaças verbais longas, armas à vista ou perseguições dramáticas. São ataques calculados para durar menos de 10 segundos, tirando partido da distração da vítima e da rapidez de fuga dos assaltantes.

As causas para este aumento passam por:

  • Maior número de pessoas distraídas com o telemóvel ou com fones, especialmente em grandes cidades.
  • Facilidade de fuga usando motas, scooters ou trotinetes elétricas.
  • Baixa perceção de risco: muitos acreditam que, em plena luz do dia e em ruas movimentadas, nada lhes vai acontecer.

Como funcionam estes novos assaltos

Embora existam variações, as técnicas mais usadas seguem padrões claros:

1. Roubo em movimento

Um dos métodos mais frequentes é o “arrastão individual” feito por motociclistas.
Dois assaltantes circulam devagar junto ao passeio; o passageiro observa potenciais vítimas, e quando encontra alguém distraído com o telemóvel, bolsa ou mochila mal presa, agarra e puxa com força, enquanto o condutor acelera e foge.

2. Distração coordenada

Aqui, pelo menos dois cúmplices trabalham em conjunto. Um aproxima-se para “ajudar” ou “pedir ajuda” por exemplo, perguntando uma direção, avisando que a vítima deixou cair algo ou fingindo que há um problema na roupa. Enquanto a atenção está focada, o outro cúmplice retira a carteira ou o telemóvel.

3. Bloqueio físico

Menos subtil, mas ainda rápido: dois ou mais indivíduos bloqueiam a passagem, fingindo um acidente ou simplesmente criando um “corredor” estreito. Enquanto a vítima tenta passar, um cúmplice retira os bens.

Como identificar sinais de risco

Estar atento a pequenos detalhes pode ser a diferença entre escapar ou ser vítima:

  • Pessoas que se aproximam demasiado sem razão aparente.
  • Motas ou scooters a circular muito lentamente junto ao passeio.
  • Estranhos que insistem em conversar ou interagir em locais pouco movimentados.
  • Tentativas de tocar ou segurar nos teus pertences durante a conversa.

Como reduzir as hipóteses de ser alvo

Não existe forma infalível de evitar assaltos, mas algumas medidas dificultam muito a vida aos criminosos:

Manter objetos de valor discretos

Telefone no bolso ou mochila fechada, carteira na parte frontal do corpo e joias ou relógios caros longe de locais de risco.

Evitar distrações

Usar fones em volume baixo ou não olhar constantemente para o telemóvel enquanto caminhas. O simples facto de parecer atento já desmotiva muitos assaltantes.

Escolher percursos seguros

Dar prioridade a ruas iluminadas e com movimento, mesmo que o caminho seja ligeiramente mais longo.

Segurar bem os pertences

Mochilas com fechos para a frente, malas com alça cruzada sobre o corpo e telemóveis seguros na mão ou guardados.

Confiar na intuição

Se algo ou alguém te parecer suspeito, muda de direção ou entra num local público.

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O que fazer se fores alvo da nova técnica de assaltos

Não resistas: a prioridade é a segurança física; os bens são substituíveis.

Observa detalhes: cor da roupa, capacete, matrícula, direção de fuga.

Procura ajuda imediata: entra numa loja, fala com outras pessoas e liga para o 112.

Participa queixa: mesmo que aches que “não vai dar em nada”, cada denúncia ajuda a mapear e prevenir novos ataques.

O papel das redes sociais

Um fator curioso é que muitas destas ocorrências só chegam ao público porque circulam vídeos de câmaras de segurança ou telemóveis de transeuntes. As redes sociais têm um papel duplo:

Positivo: alertam para a técnica usada, ajudando a prevenir.

Negativo: podem criar sensação de impunidade quando os vídeos mostram os assaltos mas não o desfecho, dando a impressão de que os criminosos nunca são apanhados.

Porque é essencial falar sobre isto

Ignorar estas novas formas de assalto só aumenta o risco. As cidades mudam, a criminalidade adapta-se e, tal como os assaltantes procuram métodos mais rápidos e discretos, também os cidadãos precisam de adaptar hábitos e estar informados.

O objetivo não é viver com medo, mas sim estar um passo à frente: reconhecer padrões, evitar armadilhas e saber reagir de forma segura.

A nova vaga de assaltos rápidos é mais difícil de prever e mais fácil de executar para os criminosos. A única forma de reduzir o risco é manter a atenção, adotar medidas preventivas e partilhar esta informação com familiares e amigos. Quanto mais pessoas souberem como funcionam estas técnicas, menor será a margem de sucesso para quem vive de atacar os outros.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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