Carl Pei é uma personalidade estranha, mas com um grande impacto no mundo mobile. Na verdade, cada vez mais impacto. Estamos a falar do CEO da Nothing, que em outros tempos também andou a dar cartas a partir da velha OnePlus, e que agora anda a comandar os rumos de uma das fabricantes mais irreverentes do mercado.
Dito isto, o CEO voltou a falar de forma a explicar finalmente por que razão comprou a Essential. Sim, aquela empresa de Andy Rubin que prometia revolucionar o mercado dos smartphones, que até fez algumas capas de revista, mas depois acabou por desaparecer quase tão rapidamente como apareceu.
Sabe para que foi esta compra? Apenas e só para usar o nome.
“Stone”, “Essential”… ou “Nothing”
De forma muito resumida, num vídeo ainda recente com cerca de 7 minutos, Carl Pei contou que, antes de decidir chamar Nothing à sua marca, considerou nomes como “Stone”.
Mas o que lhe ficava na cabeça era mesmo “Essential”. O nome era forte, limpo, direto. Por isso, como a marca já estava morta e enterrada, decidiu comprar tudo: domínio, redes sociais, marca registada.
Basicamente tudo o que tivesse o nome “Essential” à frente.
Ou seja, a ideia nunca foi aproveitar tecnologia antiga ou projetos pendurados. Foi branding puro e duro. No fim, a coisa acabou por ser um exercício em inutilidade, visto que o nome acabou por ficar o atual, Nothing.
A Essential serviu como um plano B.
Mais do que marketing?
É raro ver uma marca tecnológica a assumir que comprou outra só pelo nome. Mas Pei sempre gostou de fazer as coisas de forma diferente, e esta transparência acaba por aproximar ainda mais a comunidade da Nothing. Afinal, a marca nunca foi sobre specs malucas ou benchmarks. É sobre identidade, design, e uma visão clara do que quer ser.
Agora que o Phone (3) está prestes a chegar e que se fala no fim da Glyph Interface, esta honestidade vem no momento certo. Porque se há coisa que o mercado precisa neste momento é de marcas com ideias próprias e com coragem para dizer: sim, comprámos o nome.
Agora é esperar para ver se a aposta num novo topo de gama é bem aceite, ou se a coisa acaba por ser um grande monte de “nada”.
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