Segunda-feira, Julho 28, 2025

Na Fórmula 1 também se cometem erros. Regras vão mudar!

Caso não saiba, o nome “Fórmula 1” vem do conjunto de regras técnicas a que todos os carros e equipas devem obedecer. Ou seja, todos os carros são diferentes, mas todos eles obedecem a um conjunto de regras que estão (bem ou mal) definidas.

  • Nota: É exatamente por isso que por vezes aparecem inovações técnicas fora da caixa. As regras são criadas de forma “vaga” de propósito para deixar as equipas à procura de soluções inovadoras.

É por isso que normalmente temos sempre equipas de topo, equipas de meio da tabela, e claro, as que ficam sempre lá para baixo.

Ou seja, essa “fórmula” define tudo, desde o peso mínimo do carro até às dimensões, tipo de motor e componentes permitidos. A designação “1” indica que esta é a categoria de topo do automobilismo internacional, acima das restantes fórmulas como a Fórmula 2 ou Fórmula 3.

Dito tudo isto, foi em 2022 que a Fórmula 1 decidiu apostar tudo no regresso do “ground effect”, ou seja, o efeito de solo. A ideia era “sugar” o carro ao chão, ao mesmo tempo que se removiam muitos dos designos complexos (e caros) que se tivemos a oportunidade de ver no desporto até 2021. Além disso, também existiam uma esperança de acabar com o “ar sujo” e assim trazer corridas mais equilibradas. Mas… falhou!

Sim, também se cometem erros na F1!

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Na Fórmula 1 também se cometem erros. Regras vão mudar!

Imagem – Fonte

A teoria parecia sólida! Menos turbulência, mais ultrapassagens, maior espetáculo.

Mas a prática mostrou que nem tudo correu como o prometido. As coisas começaram logo a correr mal em 2022, quando apareceu um efeito que já não se via há décadas. O porpoising. Ou seja, à medida que o carro ganhava carga aerodinâmica, aproximava-se do solo. Mas quando chegava demasiado perto, perdia toda a carga.

Isto significava que o carro andava aos saltos em pista. Algo muito perigoso, especialmente em pistas com curvas apertadas, onde essa mesma carga tem de ser consistente. Além disso, devido às suspensões rijas, isto significa que os pilotos chegavam ao fim de uma corrida com as costas desfeitas. Não foi bonito de se ver.

Por isso, existiram toques às regras para aumentar a distância ao solo, o que por sua vez “limitou” o efeito de sucção. Além disso, aumentou o ar sujo, e também arruinou a capacidade de correr na chuva.

Assim, três anos depois, os carros continuam rápidos, mas a promessa de lutas roda com roda ficou a meio gás.

Resultado? Em 2026, tudo volta a mudar.

A FIA vai cortar de forma significativa o uso do efeito solo, obrigando os carros a terem pisos parcialmente planos e túneis Venturi muito mais curtos. Na prática, isto significa uma perda de 30% na conhecida downforce, e o fim do conceito aerodinâmico que dominou os últimos anos. O objetivo? Voltar a reinventar a Fórmula 1 para que os pilotos possam lutar em pista… sem depender tanto das engenhocas invisíveis que os colam ao chão.

Curiosamente, não é a primeira vez que isto acontece!

Já nos anos 80 a F1 foi obrigada a travar a fundo o efeito solo, depois de uma sequência de acidentes graves e carros com suspensões tão rígidas que transformavam cada curva num risco. Em 1983, os reguladores puseram fim a essa era com pisos completamente planos. E o impacto foi imediato: carros mais lentos, sim, mas também mais diversos e, acima de tudo, mais seguros.

Há outras mudanças!

Em 2026, além de um design completamente novo no carro, vamos dar as boas vindas a novos motores. Continuam híbridos, e continuam V6. Porém, agora dão mais primazia à parte eletrificada.

Conclusão

Afinal, até na Fórmula 1 se aprende com o passado. Mesmo que demore 40 anos.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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