Era para ser só mais uma compra rápida. Dois iogurtes, um pão de sementes e uma garrafa de água. A fila até estava curta. Passei os produtos, aproximei o cartão e… nada. O terminal piscava “sem rede”. A funcionária riu-se e disse: “Tente outra vez, isto tem andado mal.” Tentei. Voltei a tentar. Na terceira tentativa apareceu “transação recusada”. Peguei no MB Way igual. A loja cheia a olhar. E o pior… é que o pagamento tinha mesmo saído da conta.
O erro invisível que apanha qualquer um
Muita gente pensa que “transação recusada” ou “erro de rede” significa que nada foi debitado. Mas isso nem sempre é verdade. Quando há falhas de rede durante o processo, o terminal pode não receber a confirmação final e o pagamento sai da tua conta… mas não aparece no sistema da loja.
Resultado? Ficas sem produto e sem dinheiro.
Fui ao banco. Fui à loja. E ninguém se responsabilizava. No banco disseram-me que a operação estava “pendente de confirmação do comerciante”. Na loja garantiram que não tinham recebido nada. E eu ali no meio, sem saber a quem reclamar.
Só passado cinco dias úteis é que o valor voltou à conta e só porque insisti com o apoio ao cliente do banco e enviei prints de tudo.
O que deves fazer se isto te acontecer:
- Tira logo foto ou screenshot do terminal com o erro.
- Guarda o comprovativo da tentativa falhada no MB Way ou app do banco.
- Pede o código da transação à loja (TID ou NSU).
- Liga para o apoio do banco e envia todos os dados.
- Exige resposta por escrito é o que acelera o reembolso.
Como evitar o problema no futuro:
- Evita pagar com aproximação se o terminal estiver lento ou instável.
- Pergunta sempre se “a rede está boa” antes de pagar, sobretudo em cafés e lojas pequenas.
- Se vires “erro de rede” ou “sem comunicação”, espera alguns segundos antes de tentar novamente. Isso pode evitar duplicações ou cobranças fantasmas.
Entretanto nunca pensei que um simples erro de rede me fosse causar tanto stress. Assim agora levo sempre comigo um segundo cartão. Entretanto olho duas vezes para o terminal antes de aproximar seja o que for.
Porque o pior erro é confiar que “se não deu… é porque não cobrou”.