É um daqueles pensamentos que assombra qualquer condutor: “a correia de distribuição devia ter sido trocada há 2000 km… será que ainda posso andar mais um bocadinho?”
A resposta curta? Podes. Mas estás a brincar com o azar e caro. Então se também devias ter mudado a correia de distribuição sabes até quanto é seguro andar?
O que faz afinal a correia de distribuição?
A correia de distribuição é o “maestro” do teu motor: sincroniza o movimento das válvulas e dos pistões, garantindo que tudo trabalha em perfeita harmonia. Se ela parte, o espetáculo acaba ali mesmo. O motor pode ficar destruído num segundo e a reparação pode custar entre 1000€ e 5000€, dependendo do carro.
Atrasar 2000 km… parece pouco, mas pode ser fatal
Muita gente pensa: “São só mais uns quilómetros, o carro está a andar bem, não há problema.” Mas o que muitos esquecem é que a correia não avisa. Não há luz no painel, não há som estranho até partir. E quando parte, é tarde demais.
O que dizem os mecânicos?
“Andar mais 1000 ou 2000 km pode correr bem… ou pode arruinar o motor. É uma roleta russa.”
O que deves verificar antes de arriscar se devias ter mudado a correia de distribuição
Consulta o manual. O intervalo de substituição varia entre 60 000 e 180 000 km, dependendo da marca. Se já passaste o limite, cada quilómetro é um risco.
Vê há quanto tempo foi feita a última troca. Mesmo que o carro tenha poucos quilómetros, a borracha envelhece e normalmente a cada 5 a 7 anos deve ser trocada.
Escuta o motor. Rangidos, vibrações ou falhas ao ligar podem ser o prelúdio de um desastre.
O preço da espera
Trocar a correia de distribuição custa em média entre 250€ e 600€. Mas se ela partir, a conta pode multiplicar-se por dez. O motor pode empenar válvulas, partir pistões e até exigir substituição total.
Como dizem os mecânicos, “é a peça mais barata que pode destruir o carro todo.”
E se já passaste os 2000 km?
Podes continuar a andar? Tecnicamente, sim. Mas estás a arriscar milhares de euros para poupar algumas centenas. É como apostar que o paraquedas velho ainda abre.
Se o carro for usado diariamente, especialmente em trajetos curtos e urbanos (com arranques e paragens), o desgaste é maior. Entretanto se for um carro diesel, o risco também aumenta. Isto porque as correias sofrem mais tensão.
Conclusão: cada quilómetro é uma aposta
Atrasar 500 km? Talvez nada aconteça.
Atrasar 2000 km? Já é um risco real.
Atrasar 5000 km? Estás a pedir para o motor rebentar.
Por isso, se já devias ter mudado a correia de distribuição há 2000 km… marca a oficina ainda hoje. Porque quando ela parte, não é “se”, é “quanto vai custar.”
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